Enfermagem: Piso Salarial amparado em lei de senador do PT continua gerando discussões

RESUMO DA NOTÍCIA

Piso da Enfermagem, que se ampara em projeto de lei do senador petista Fabiano Camparato, gera intensas discussões e uso político até da direita.
A lei que institui o novo Piso Salarial da Enfermagem, com base em projeto de lei do senador Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo, é um dos assuntos mais discutidos do momento, principalmente pelo uso político da matéria, algo que o próprio parlamentar já lamentou.

No Supremo a matéria está em votação, com 5 votos favoráveis a suspensão temporária – três meses – das medidas decorrentes, e 3 favoráveis a aplicabilidade. Entre os que votaram pela suspensão do piso, está o relator, Luis Roberto Barroso. Os votos divergentes são dos ministros André Mendonça, que abriu a divergência, Kassio Nunes Marques e Edson Fachin. 

Se por um lado o próprio Barroso defende que os profissionais da saúde contemplados pela lei são merecedores de soldos maiores, a suspensão foi solicitada a partir de posicionamentos como da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde), alegando a impossibilidade do cumprimento de seus termos. 

No âmbito da gestão pública, a Confederação Nacional de Municípios, CNM, veio a público nesta segunda feira, 12, destacando que a aprovação do teto causaria um impacto de R$ 10,5 bilhões ao ano. 

Segundo a CNM, para honrar o piso salarial sem ampliar o montante total de recursos para essas folhas de pagamento, as prefeituras teriam que demitir um quarto dos 143,3 mil profissionais de enfermagem ligados à Estratégia de Saúde da Família (ESF), ou seja, mais de 30 mil funcionários. 

Se o assunto já é explosivo, a tensão aumenta pelo momento de eleições. Os postulantes a um espaço no legislativo e executivo nas eleições de 2022 dificilmente aceitam a suspensão indicada em decisão de Barroso para que a matéria seja mais amplamente discutida. 

Em Castanheira a vereadora Marisa Jardini, que atua no setor de Saúde, já teve indicação aprovada na Câmara para que o prefeito se posicione.