Três dias sem Dr. Juan: Um pouco de sua história

RESUMO DA NOTÍCIA

Nesta sexta, 12, termina o período de luto em Castanheira pela morte do Dr. Juan José Guzman Bellido, médico que atuava na saúde pública. Deixa uma história de alguém que marcou a vida das pessoas pela bondade e humildade.
As 7H51 da última terça feira, 09, no Hospital Municipal São Benedito, em Cuiabá, Juan José Guzman Bellido dava seu último suspiro de vida, depois de 19 dias internado, num cenário que durante muito tempo fez parte de sua rotina. Clínico Geral, atuando desde 20 de dezembro de 2017 no município de Castanheira e no atendimento de parte do processo que habilita motoristas, no Detran, vai ser lembrado por muitas virtudes e já deixa enorme saudade entre os que foram por ele cuidados.
 
Dr. Juan estava na agenda dos funcionários que seriam incluídos na série histórica sobre pessoas que atuam na administração pública de Castanheira, editada pelo Site da Prefeitura Municipal. Era o próximo da lista. Mas, não deu tempo. Desde o dia 18 de fevereiro teve que se afastar, para tratar da Covid, ficando cinco dias no Hospital São Lucas, em Juína, onde já atuou como médico da rede pública, sendo posteriormente encaminhado para a capital do Estado, diante do agravamento do quadro clínico.
 
Boliviano, nascido em Cochabamba, adotou o Brasil como a terra do coração. Chegou aos 15 anos, voltando ao seu país de origem para cursar medicina. Já formado, revalidou seu diploma em Blumenau, Santa Catarina. Nestas alturas já estava perfeitamente adaptado a cultura brasileira, a ponto de, futebolisticamente, torcer para um clube de sua nova terra, o São Paulo Futebol Clube. 
 
Por onde passou, o filho de José Guzman Menfizabal e Marcelina Bellido Zapata, de uma família de 10 irmãos, pai de três filhos, deixou como marca distintiva a capacidade de fazer amigos. No dia de sua morte, um deles, Otaviano dos Anjos Ribeiro, ilustrou esse detalhe ao dizer: “Perdi um grande amigo, uma pessoa maravilhosa”. Outra característica lembrada pelos que com ele conviveram, era a de ir além do mero atendimento aos pacientes, sempre tendo um bom conselho para dar. Por isto, alguém o definiu como um “médico psicólogo”.

Amor pelo Brasil
 
Nesta sexta-feira, 12, ao terminar o período de luto decretado pelo prefeito Jakson de Oliveira Rios Júnior no município, estará faltando, pelo terceiro dia, na unidade de saúde onde atendia, no Vale do Seringal, a força de sua presença. “Era uma pessoa muito carismática e sempre humilde, sempre elogiado pela forma honesta de trabalhar e pela vontade de ajudar as pessoas”, revelou um de seus próximos. 
 
Segundo familiares, gostava da simpatia dos brasileiros. De hábitos simples, será sempre lembrado, dentro de casa, quando servirem carne de porco ou peixe, seus pratos prediletos. Também será lembrado, neste contexto, como um pai e esposo amoroso e dedicado.  Além de Castanheira e Juína, já citados, atuou como médico nas cidades de Nova Maringá, Porto Estrela, Nova Olímpia e Cotriguaçu. Foi sepultado em Tangará da Serra, por ser uma cidade que gostava muito.