Dona Nadir: Pioneira deixa como um dos legados a experiência de fé

RESUMO DA NOTÍCIA

Castanheira despede-se de pioneira, que deixa boas referências para a história.
O conceito de vida bem vivida, embora variável, incorpora valores que tinham em Nadir Ferreira de Aparecido, 71, cunho de plenitude. Um deles, relações saudáveis e significativas com familiares e amigos. A Casa da Saudade, repleta de pessoas desde a chegada de seu corpo, na noite desta quinta-feira, 20,  dimensionam o significado de sua história. 

A companheira de quase 50 anos de Miguel Francisco Aparecido, que iam ser celebrados em grande festa familiar, no próximo dia 17 de agosto, faleceu na Santa Casa, em Cuiabá, na noite desta quarta. Calava-se, presencialmente, ali, a voz de muitas preces, especialmente nas lives dos irmãos – eram com ela 11 – sempre às 20h30 de cada dia. É por essa prática uma das lembranças que serão, doravante, eternizadas.

Dona Nadir é mais uma pioneira de Castanheira, pois se estabeleceu com a família no ainda distrito, no dia 27 de junho de 1980, depois de um ano de morada na chamada “Linha i”, em Juína

Na linha “Zero um”, na Comunidade São José, contexto das últimas três edições do “Encontro das Famílias Ferreira e Aparecido”,  ela e o esposo construíram uma história. Miguel, como agente de saúde, ao longo de 19 anos, função que referenciou seu nome para o legislativo castanheirense, nos tempos do ex-prefeito Dr. Jorge. Ela, cuidando das flores, da horta e puxando a espiritualidade de seus irmãos católicos, a começar pelos de casa.

De um núcleo de 11 irmãos, a maioria residindo em Rondônia, inclusive ela, em Vilhena, ivani Ferreira, uma das irmãs, define a pioneira que se despede, natural de Mendes Pimentel, Minas Gerais, como uma “mulher guerreira, de fé, que costumava colocar todos, diariamente, na presença de Deus em suas preces”

Os filhos nascidos a partir da união com Seo Miguel, em Jesuítas, Paraná, são cinco, dos quais nasceram 19 netos e desses 8 bisnetos. Todos, como o sobrinho Edson Antônio Ferreira, residente em Juína, sentirão, doravante, a falta de coisas como o  toque  especial da boa comida que fazia. “Bastava um feijão, que ela fazia como ninguém, para a gente se alegrar”, destaca. 

As despedidas de Nadir do tempo que por aqui Deus lhe outorgou, acontecem até às 10 horas desta sexta-feira, 21,  na Casa da Saudade, quando seu corpo será trasladado para o Cemitério Bom Jesus. Antes, haverá uma missa, com o simbolismo da gratidão, pela riqueza das experiencias vivenciadas. Na celebração, o rito litúrgico será ministrado pelo padre Everaldo, de Porto dos Gaúchos, seu sobrinho.