A Policia Federal deflagra nesta sexta-feira, 20, a Operação “Prometeu”, a partir de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, resultado de investigações sobre queimadas criminosas no Pantanal. Cumpre mandados de busca e apreensão.
O alvo dos mandados são suspeitos de causar incêndios para explorar área economicamente. Eles também são investigados por desmatamento, exploração econômica de área de domínio público, falsidade ideológica, grilagem e associação criminosa. Já criaram 7.200 animais numa área de 6.400 hectares ocupada ilegalmente.
Em tempos que fica difícil comentar qualquer assunto, pois tudo passa pelo conceito de esquerda-direita, algumas coisas são muito claras. Podem contestar, criar argumentos, defender teorias, mas em grande parte os incêndios – assunto do momento – são causados por desmatamento. A derrubada de matas para fins “econômicos” tem sido substituída há algum tempo por queimadas. O processo de desmatamento, nem sempre é legal, obedecendo os parâmetros da lei. As queimadas, igualmente.
E como a ação do homem é evidente – legal ou não – todos os governantes, de qualquer lado, deveriam assumir a culpa, sem reproduzirem a síndrome de “Adão e Eva”, do empurra-empurra pelo pecado ambiental. Neste caso do Pantanal, se os culpados fossem descobertos e punidos em tempo – e praticam o ilícito há muito tempo - parte da tragédia que temos observado nos últimos anos, estarrecidos, seria evitada.
Difícil, em toda a história humana, desde os primórdios bíblicos, é os homens, especialmente os que tem poder, terem a nobreza de esquecer os interesses próprios que movem grande parte de suas ações – individuais e coletivas – e no caso em questão entenderem que o problema ambiental é real e que todos tem uma parcela “sim” de culpa pelas realidades que são vistas e exploradas no campo minado das discussões, onde o meio ambiente e seus atores, gemem, agonizam e morrem.
Em tempo: Mais um pobre Tatu morreu, agora, em algum lugar do pantanal. Daqui a pouco, os políticos, especialmente os que amam e vivem de recortes, vão culpar João, Mané, Antônio, blá-blá-blá..... Oremos: “Senhor, tem misericórdia de nós!”
Vivaldo S. Melo
Vivaldo S. Melo
