Câmaras de MT se posicionam contra Dino no STF

RESUMO DA NOTÍCIA

Decisão em 13 de dezembro movimenta bastidores da política.
Na medida em que o 13 de dezembro se aproxima, quando o Ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB) terá votação referendando ou não sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF), pelo senado, depois de sabatina na mesma Casa, várias manifestações acontecem, a favor e contra.

Uma delas está em curso em Mato Grosso, onde o ex presidente Jair Bolsonaro obteve 65% dos votos no segundo turno. Várias Câmaras Municipais têm encaminhado ofício aos três senadores que representam o Estado para que se declarem contrários a indicação de Dino para a Corte máxima do Judiciário.

“Flávio Dino foi indicado no último dia 27/11/2023 ao Supremo Tribunal Federal pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, portanto, pedimos aos nobres senadores, dignos representantes do estado de Mato Grosso, que votem pela reprovação da proposta”, diz o texto encaminhado pela Câmara Municipal de Alta Floresta. 

O mesmo teor é registrado em documento encaminhado pelas Câmaras de Nova Bandeirantes, Guarantã do Norte e Tapurah, entre outras,  o que sugere um movimento articulado seguido por outros legislativos do Estado e por outras instituições ligadas ao ex presidente Jair Bolsonaro, como a Frente Evangélica do Senado, inédita na instituição, criada em março deste ano.

Segundo observadores, esses exemplos revelam sérios obstáculos a caminhada de Flávio Dino rumo ao STF. 

No caso da Frente Evangélica, trata-se de um grupo heterogêneo, com 15 integrantes, que responde a um quinto dos votos em plenário e pode definir a confirmação ou rejeição da indicação de Dino, caso se mantenha a tendencia de placar apertado.

Entre os representantes de Mato Grosso com direito a voto, até o momento Wellington Fagundes, do PL, partido que pode ter representação em Castanheira nas próximas eleições, é o único que tem voto confirmado contra Flávio Dino. 

Jayme Campos, do União Brasil, afirmou nesta semana que no auto dos seus 72 anos vai votar conforme sua consciência. Por seu turno, Margareth Buzeth, do PSD, diz que seguirá orientação do partido. Senadores da legenda tem encontro com o ministro nesta quarta, 06.

Castanheira

Embora não tenhamos informações sobre o tema, Castanheira vive uma realidade atípica quando se confronta as preferências políticas e a realidade do legislativo. 

Com um perfil predominantemente de direita, por conta dos alinhamentos no último pleito, a maioria dos vereadores tem ligações com partidos ou que apoiam o governo federal, como PT e PSB, ou que estão divididos, como o próprio União Brasil, neste caso por conta dos conchavos do chamado “centrão”.

É certo que na próxima “janela de transferências” que deve ocorrer em meados de 2024, o quadro mude radicalmente. Nos bastidores fala-se em fortalecimento do União Brasil, devido a influencia do governador Mauro Mendes no cenário local. Entre os filiados, tem gente nova, com bom poder de voto.

Também é certo que o PL, partido do ex presidente Jair Bolsonaro, deve entrar na disputa eleitoral. As maiores baixas podem acontecer no PSD, segundo uma fonte ligada ao legislativo.