Uma fatalidade. Talvez essa seja a expressão mais apropriada para definir a trágica morte de Edmilson Dias Pereira, 46, no início da tarde deste sábado, 02, em Castanheira. “Quando chega a hora não tem jeito”, talvez seja outra definição para os que não fogem da reflexão sobre o fim de todos nós.
Edmilson, segundo familiares, não costumava trabalhar nas tardes de sábado na Funilaria e Pintura do Luiz, na entrada da cidade, início da Av. Castanheira, o trecho urbano da MT 170, onde contabilizou bom tempo de serviço. Neste sábado, porém, tinha que terminar uma tarefa.
O choque da moto que pilotava com um automóvel, na região central da cidade, na Av. Gilio Rezzieri, nas proximidades da Styllus Conveniência, não muito distante de onde morava, com sua mãe, Dona Maria Aparecida Fernandes, acabou com aquilo que alguns podem chamar de sorte.
“Não foi o primeiro acidente, ele teve outros, inclusive bem sérios”, lembra Rosilene Dias Pereira, num lamento incomparável, pela ruptura que a morte traz e pelas lembranças que os próximos doravante vão carregar de um homem simples e trabalhador. “Meu tio era quieto, na dele, mas era uma pessoa muito boa”, revela também Gabriela Pereira de Aparecido.
De uma família de seis irmãos, chegou a Castanheira em 1981. Ainda pequeno perdeu o pai, Esmeraldo Dias Pereira, que trabalhava na Fazenda Enco. Essa morte acabou trazendo a família, originária de Rio Branco, na região de Cáceres, para o noroeste de Mato Grosso. Essa referência histórica insere seu nome entre as primeiras crianças de Castanheira.
Por sua quietude e simplicidade, recebe homenagem póstuma do Site Castanheira News na singularização de coisas que gostava e que muitos não iriam saber, como as conversas com os amigos no “Bar do Pelé” e pelo prazer de comer pelo menos duas coisas: carne de porco e pizza. E tinha o trabalho numa área que, ironicamente, não vai mais poder ter o seu toque.
As despedidas acontecem na Casa da Saudade e o horário do sepultamento, neste domingo, 03, no Cemitério Bom Jesus, ainda não foi definido.