Ações contra COVID 19: Descaso leva presidente da AMM a pedir Exército nas Ruas de cidades do interior de MT

RESUMO DA NOTÍCIA

Muitos, inclusive empresários, não cumprem regras contra o avanço da COVID 19. Por isto, presidente da AMM acha que o Exército tem que ir às ruas.
Pior do que o “ouvir dizer” crescente de que muitos cidadãos, em todos os municípios, continuam fazendo vistas grossas as recomendações contra aglomerações é ver registros, nas redes sociais, de festas e até de ambientes de trabalho onde os termos dos decretos Estadual e Municipais são ignorados. 

A cena de um prefeito do interior de MT, indo às ruas, com uma estrutura de som, pedindo desesperadamente para as pessoas observarem especialmente as orientações de evitar aglomeração e de todos usarem máscara, observando que nem donos de comércio estão respeitando, é um exemplo do quadro preocupante de momento. 

Se muitos culpam a falta de uma fiscalização mais efetiva e destacam que é melhor tudo funcionar, com fiscalização rígida, do que muita coisa não funcionar sem fiscalização, o problema é que muito município do Estado não tem equipes suficientes para realizar o trabalho. 

Atento a esses cenários, responsáveis maiores pela força dos contágios nos últimos meses, o  presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga (PL), encaminhou um documento ao comandante do Exército, o general Reinaldo Salgado, pedindo a intensificação das ações de controle contra a Covid-19. 

A AMM pede o apoio da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada para auxiliar os gestores municipais no cumprimento das medidas estabelecidas pelos decretos estadual e municipais.

“Precisamos do apoio do Exército brasileiro para que a população cumpra as medidas de biossegurança e seja garantida a restrição na circulação de pessoas”, destacou, afirmando que o Exército tem um papel importante na segurança da sociedade e no apoio em períodos de calamidade pública.
 
Neurilan ressaltou o aumento da quantidade de casos confirmados e mortes no Estado e o consequente colapso da saúde pública, evidenciado por meio de filas de espera para UTI e iminente ameaça de falta de medicamentos para tratar os pacientes. O presidente da AMM pontuou ainda que a maioria dos municípios não têm guarda municipal para fazer a fiscalização junto com as equipes da vigilância sanitária.
 
“Então, não adianta baixar medidas e mais medidas se a população não respeitar as restrições. Temos que adotar ações mais ostensivas e para isso é fundamental contar com um aparato de segurança para garantir resultados nesse trabalho”, declarou.
 
Na última semana, a AMM apresentou a demanda ao Poder Executivo, à Bancada Federal e ao Poder Legislativo Estadual para que fizessem uma articulação junto ao Exército visando assegurar o apoio aos municípios na fiscalização do cumprimento das medidas estabelecidas para conter a disseminação da covid-19.
 
Em ofício encaminhado a parlamentares federais, estaduais e dirigentes do Poder Executivo, Neurilan também reivindicou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) seja requisitada para uma atuação mais ostensiva nas barreiras fixadas nas entradas e saídas das cidades polos e em todas as rodovias federais que dão acesso ou cortam os municípios do estado, principalmente nos feriados e finais de semana para diminuir a circulação de pessoas.