O delegado Flávio Stringueta foi exonerado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil nesta segunda-feira (1º). O afastamento aconteceu após o delegado publicar um artigo com críticas ao Ministério Público Estadual (MPE).
No texto, Stringueta afirmava não existir "instituição mais imoral que o MPE-MT". Conforme apurou o MidiaNews, o delegado foi informado sobre a decisão, que passa pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), na tarde desta segunda (1º).
Em seu artigo, o delegado escreveu também sobre a compra de smartphones de última geração para os promotores de Justiça. Para ele, a notícia é uma "vergonha nacional".
"O que se esperaria dos promotores, ou seus líderes, ou do inconsequente idealizador desse absurdo? Que não tivessem feito. E, como já tinham feito, que pedissem desculpas à sociedade pelo erro e sumissem de cena. Mas não. Continuaram. Irão receber os tais aparelhos, como se não tivessem condições de ter algo assim para trabalhar e se comunicar. Uma juíza assim autorizou".
Ele ainda criticou que professores e estudantes não receberam o benefício do poder público, questionando a ética dos promotores.
"Por que, nobres representantes do MPE MT, os professores não receberam equipamentos mínimos para instruírem seus filhos? Por que nenhum de vocês se insurgiu contra o poder público para exigir algo parecido para a instrução dos seus filhos e dos demais estudantes do nosso estado? Vocês acham que foram, e são, éticos?"
Ainda não há informações sobre onde Stringueta deve atuar, já a retirada ainda não foi oficializada.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Polícia Civil, mas não obteve retorno até a publicação.