COVID 19: Por que alguns são curados e outros não? - Uma reflexão bíblica sobre o tema

RESUMO DA NOTÍCIA

Deixando o lado jornalístico, Vivaldo S. Melo opta pela teologia para uma breve reflexão sobre algumas inquietações humanas destes tempos de pandemia.
Coincidentemente a inversão dos números relacionados a Covid dá 91. O Salmo bíblico sob este número, visto de forma mística por muitos – daí a prática de deixar a Bíblia aberta em seus termos, como se isto pudesse afugentar o mal – é um texto oportuno para este momento. A despeito de algumas interpretações, é seguro destacar que se trata, originalmente, de um poema, que tem como pano de fundo uma guerra, com suas ameaças, e as pragas entre os soldados.

Estamos numa guerra, contra um vírus mortal que tem suscitado interpretações, debates, paranoias, bizarrices, teorias, etc., fazendo com que muitos percam o foco de algo fundamental: nessas duras realidades, previstas pelas Escrituras, precisamos, acima de tudo e antes de tudo nos achegar a Deus, para ter paz, por mais que as circunstancias sejam extremamente difíceis. 

Retratado como uma ave-mãe compassiva, que protege os filhotes, numa metáfora sobre a compaixão, Deus se faz presente nestes cenários, por mais que às vezes questionemos. Embora os recursos humanos sejam fundamentais, afinal tudo provém dEle, precisamos acreditar que Ele, mais do que todos, é capaz de livrar o seu povo, em muitos casos curando, ou cuidar, de uma forma especial, nas horas em que todos os recursos se esgotam. 

Ao fazer uso da expressão “sua verdade”, no versículo 4, o salmista quer nos lembrar o amor constante de Deus e a certeza de ele cumprirá suas promessas, uma delas a de amparar e consolar, nas horas em que o desejamos não acontece, como o desejo de cura de amigos e familiares. 

Por que uns são curados e outros não, no contexto das discussões sobre a COVID, portanto, não deve ser objeto de questionamentos, por várias razões. Uma delas é que Deus não tem a obrigação de fazer nada de bom por nós, considerando-se o fato de sermos pecadores, tendentes a rebelião contínua contra Ele. A salvação nos basta! O grande problema é que analisamos cenários como o da COVID projetando apenas o hoje. Se tirarmos de perspectiva a visão de eternidade, realmente o que resta são questionamentos. Quando, porém, o eterno ganha sentido, tudo muda e até a dor destas perdas, é atenuada. 

Vivaldo S. Melo com Bíblia de Genebra