A confirmação de eventuais casos de coronavírus em testes rápidos realizados entre sexta (15) e domingo (17), sendo 04 deles de servidores públicos, como o próprio prefeito Altir Peruzzo, no município de Juína, é o assunto da vez neste início da semana na região noroeste de Mato Grosso.
“Estou com medo”, diz a vereadora castanheirense Amaziles Eleto, a Tuíta. Ecoa o mesmo sentimento Suzana Arrasen, que embora residindo hoje em Tangará, planeja voltar para Castanheira, onde é bastante conhecida por seu trabalho no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, da Secretaria de Assistência Social.
Neste cenário, os próximos dias devem ser de expectativa angustiante, pois é necessário parecer conclusivo do Lacen MT, Laboratório Central do Governo do Estado, em Cuiabá. Segundo nota da Prefeitura Municipal, 14 casos foram encaminhados entre o final (sexta feira) e início de semana (domingo).
As medidas recomendadas em protocolo, como o isolamento de todos, alguns em fase ativa, foram tomadas desde o início. Mesmo assim, sempre é muito difícil definir-se quando uma ação de contágio tem início e mapear as interações humanas com exatidão.
Na Nota Oficial, publicada ainda no domingo, salienta-se que os testes rápidos servem apenas como triagem e não podem ser considerados como resultado final. É preciso confirmação do Lacen. Enquanto ele não sai – deve ocorrer até a próxima sexta-feira – é prematuro falar casos positivos.
Os exames iniciais indicaram resultados positivos em fase ativa e outros em fase de cura, o que faz lembrar que muitos vetores são assintomáticos, por isto a necessidade de se observar os cuidados recomendados em protocolo “o tempo todo”.
Castanheira
A adesão ao uso de máscaras teve avanço significativo na cidade nos últimos dias. Com as notícias do município vizinho, a tendência é aumentar.
Neste domingo, 17, as ruas estavam bastante vazias em relação a tempos normais. Mesmo assim, entre os que se encontravam em bares, lanchonetes e similares e nas vias públicas, o uso de máscara e o distanciamento entre as pessoas eram ignorados por muitos.
Entre os bons exemplos, porém, além deste avanço do uso das máscaras faciais, está o de algumas pessoas que fizeram viagem nos últimos dias, especialmente para a capital do Estado e que começaram a observar o período de quarentena.
Em Igrejas da cidade, porém, muitas pessoas circulam sem as máscaras faciais, não se sabe se com o aval das lideranças.
Medo
Sobre o “medo” em questão, revelado por alguns, inclusive com registros nas redes sociais, líderes religiosos e psicólogos o definem como um sentimento natural, partindo-se do pressuposto que “somos humanos”, como revela um deles.
“O medo não entra em contradição com a fé”, destaca um líder da Comunidade Nova Canaã, onde os cultos voltaram, com o distanciamento entre cadeiras, uso do gel e máscara, até para os ministrantes, seguindo orientação do último decreto assinado pela prefeita Mabel de Fátima.
Lembra que o sentimento tem um aspecto positivo que é o esforço por proteção. “Neste sentido é comum a prática de elementos como a prevenção e o exercitar da fé”.