O preço médio da gasolina comum variou até 23,4% nos últimos 12 meses nos postos do país. Para abastacer o carro, o motorista pagou R$ 5,49 por litro do combustível na última semana, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural). Ou seja, R$ 1,81 a menos do que o valor cobrado em maio de 2022, quando chegou a bater o recorde de R$ 7,30.
O movimento de queda atinge também o diesel S-10, que recuou de preço pela 14ª semana consecutiva, atingindo R$ 5,57 por litro entre os dias 7 e 13 de maio. No mesmo período do ano passado, o litro chegou a R$ 7,07, uma queda de 21,2% nos últimos 12 meses.
Segundo dados dos importadores, a gasolina vendida pela Petrobras está atualmente R$ 0,39 por litro acima da paridade de importação, e o diesel, R$ 0,28 mais caro. O que abre espaço para mais redução de preço. Na úlima sexta-feira, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a empresa poderá reajustar os valores nesta semana.
"Acredito que, como a taxa de juros americana não deve continuar subindo. Tudo indica que, por conta da crise bancária, o banco central dos EUA vai parar de elevar as taxas. Com isso, como a taxa de juros de brasileira permanece muito alta, a gente tende a atrair mais capitais estrangeiros. Isso tende a aumentar a oferta de dólares no Brasil.
A tendência são novos recuos do dólar, que vão abir espaço para novos cortes dos preços dos combustíveis pela Petrobras", avalia o economista da FGV.
Em março, o preço da gasolina teve reflexo da volta da cobrança dos impostos federais PIS/Cofins sobre os valores do combustível nas refinarias. Esses tributos são repassados ao consumidor final na ponta da cadeia de consumo.
Para Brendon Rodrigues, head de inovação e portfólio na ValeCard, um outro fator que também tem impactado no preço da gasolina é que os postos começaram a repassar a redução do etanol anidro registrada nas usinas produtoras de São Paulo desde 24 de abril.
“Para as próximas semanas, visualizo que ainda há espaço para que essa redução continue sendo repassada para o consumidor”, avalia Brendon.
Com Nativa FM
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