Uma doença canina viral e altamente contagiosa, que pode levar à morte ou deixar graves sequelas nos animais que se curam dela, está tirando a vida de muitos cães em Castanheira. Trata-se da cinomose.
Depois de lidar com mais de 40 casos recentemente, o médico veterinário Dr. Antonio Evaristo Alves, da Agromat, tem alertado a população: “Aqui em Castanheira o negócio tá feio”, disse em um grupo de WhatsApp.
Depois de lidar com mais de 40 casos recentemente, o médico veterinário Dr. Antonio Evaristo Alves, da Agromat, tem alertado a população: “Aqui em Castanheira o negócio tá feio”, disse em um grupo de WhatsApp.
O que é cinomose?
A cinomose canina é uma doença infectocontagiosa que afeta cães causada por um vírus da família Paramyxovirus, do gênero Morbilivírus. Ela é altamente contagiosa e costuma acometer cães que ainda não terminaram o esquema vacinal (filhotes) ou que não costumam receber o reforço anual da vacina múltipla (V8, V10 ou V11).
Cinomose em gatos
O nome “cinomose” já nos diz muito sobre a doença, já que o prefixo “cino” sempre é referente aos cachorros. Sendo assim, seu caráter infeccioso se restringe apenas aos cães, ou seja, a cinomose não afeta os gatos.
Sintomas da cinomose
O vírus se replica nas células sanguíneas e sistema nervoso central do animal. Nos estágios iniciais da doença, um sintoma bastante comum é a diarreia, uma vez que o sistema digestório é, geralmente, o primeiro a ser atingido. Em um estágio um pouco mais avançado da doença, o sistema respiratório é acometido, sendo observadas secreções normalmente amareladas e densas saindo pelo nariz e região dos olhos.
Na fase mais tardia da doença, acontece o acometimento do sistema nervoso central, que é quando o animal passa a ter o andar desorientado e tremores musculares que podem evoluir para crises de convulsões.
Como a cinomose é transmitida?
O cachorro pode pegar cinomose, ou seja, ser contaminado pelo vírus, de diversas formas. Entre elas, pelo contato com secreções, urina e fezes infectadas pelos animais doentes. Além disso, casinha, cobertores e alimentos dos animais infectados também são fontes de infecção. Filhotes e idosos são mais susceptíveis às doenças infecto-contagiosas por terem o sistema imunológico um pouco menos ativo.
Vale lembrar que o contato não necessariamente precisa ser direto/ próximo. A infecção pode acontecer, por exemplo, quando passeamos com nosso pet em locais pelos quais passaram animais doentes que eliminaram o vírus na rua, em parques ou outros locais públicos.
Consultórios veterinários também requerem atenção. Se seu pet não possui o quadro de vacinas completo, não permita que ele tenha contato com outros cães, com o chão ou gaiolas que não foram higienizadas.
Qual o tratamento para a cinomose?
· Não há medicamentos antivirais eficazes para combater a doença. No entanto, o tratamento consiste em tratar os sintomas causados nos diferentes sistemas acometidos:
· Antibiótico e anti-pirético para as infecções secundárias no sistema digestório e respiratório, além de aliar expectorantes, bronco dilatadores e antieméticos.
· Soro (fluidoterapia), para corrigir a desidratação causada pela diarreia.
· Anticonvulsivante para as crises convulsivas devido ao acometimento do sistema nervoso.
· Suplementos nutricionais e terapias alternativas, como a acupuntura, para melhorar a resposta imunológica do animal para combater o vírus também são utilizadas.
Sequelas da cinomose:
O animal que teve a doença evoluída ao estágio de acometimento do sistema nervoso pode ficar com tremores musculares, andar desordenado e/ou crises convulsivas por toda sua vida, mesmo não portando mais o vírus.
Neste caso, o animal sequelado terá de ter auxílio de sessões de fisioterapia e acupuntura para melhorar o quadro, além de fazer uso de anticonvulsivante em alguns casos.
Como prevenir a cinomose?
Basta realizar a vacinação anual do seu cachorro. A vacina para cinomose está dentro do pacote oferecido pelas vacinas V8 , V10 e V11. No caso de filhotes, devem receber três a quatro doses da vacina a partir de 45 dias de vida, com intervalo de 21 a 30 dias entre as aplicações. Apenas depois da última dose seu sistema imunológico estará apto a combater o vírus caso haja contato com ele, sendo liberados os passeios na coleira.
Com informações do site www.centroveterinariocambui.com.br