Não por acaso quem busca fotografias antigas de João Soares Rodrigues, vai encontra-lo, em muitas, ao lado de um fusca ou de um corcel II. Por isto, o trabalho com táxi, por muitos anos em Castanheira, era um prazer. “Meu pai amava carros”, diz a professora Enedina dos Anjos Rodrigues, uma das filhas.
Em visita a cidade, que deixou há pouco mais de cinco anos – residia ultimamente em Campo Novo – veio a falecer, de infarto, coincidentemente no local onde deixara seu veículo, no Luiz Funileiro, para alguns retoques. Chegou, antes, a passar a mão no veículo, um Uno modelo antigo, feliz com o resultado do trabalho.
Mineiro de Água Boa, chegou a Castanheira, com os seis filhos, fruto do casamento com Maria dos Anjos Rodrigues, em setembro de 1987, procedente de Arenápolis, primeira referência no Estado que adotou com carinho. Na terra da Rezzieri viu os filhos crescerem – Antônio José, Neli, Marli, Marlene, Juscelino e Enedina – e desses nascerem 14 netos e 04 bisnetos.
Para esses, foi um guerreiro, pois lutava há mais de 20 anos com problemas cardíacos, nunca perdendo a alegria de viver. Mesmo em circunstancias adversas, quando abordado costumava citar um bordão: “Estou 100 por 1000!”. De Castanheira, tinha a melhor das impressões, lembrando sempre que foi o lugar que escolheu para os filhos formarem suas famílias.
Depois de velado na Casa da Saudade, a partir das 21 horas desta quinta-feira, 02, foi sepultado às 13 horas desta sexta-feira, 03, no Cemitério Bom Jesus, depois de cortejo conduzido por um veículo da Funerária Caminho da Paz.