Castanheira: Agro de luto com a morte do "Seo" Jucelino

RESUMO DA NOTÍCIA

Falecido era um homem identificado com as coisas do campo desde os tempos de Goiás.
Era uma vez um homem que gostava de comprar e vender gado, andar a cavalo e, entre sua propriedade e o Sítio do falecido pai, no 4º Assentamento, onde fora uma escolinha, no passado,  usava uma “motona preta”, conforme expressão do ex diretor, professor Lourival Alves da Rocha. 

Por essas referências, dá para perceber que Jucelino Furtado da Silva, 75, se identificava com as coisas da terra. 

Em Castanheira, onde chegou no começo dos anos 90, do século passado, depois de vivencias em Tangará e Araputanga, se estabeleceu, inicialmente, nas imediações da Fazenda Enco, onde comprou uma propriedade rural a qual deu o nome de Juruva.

Na madrugada desta segunda feira, 04, no Hospital São Lucas, em Juína, onde estava internado há mais de um mês, na UTI,  se encerrou em sua história um tempo de sofrimento, depois de sofrer um AVC.

Vizinho de propriedade rural, o amigo Jucyer destaca as melhores referências de “Seo” Jucelino. “Esse cara era amigo; ninguém falava mal dele, era um excelente vizinho”, diz. Lembra também o seu hábito de ler a Bíblia. Talvez por isto alguns o chamavam de “Pastor”.

Um dos três filhos – duas são mulheres (Silvana, residente em Alto Paraíso, RO, e Leila, em Juruena) -, Cleudimar Furtado da Silva, único a residir em Castanheira, aprendeu do pai e do avô o gosto pelo trabalho no campo. 

Lembra que Jucelino, ultimamente, cuidava do Sítio São Luis,  propriedade do avô, Lázaro, que faleceu com quase 100 anos de idade. 

Jucelino era goiano de São Luis dos Montes Belos, que coincidentemente tem uma história relacionada com sua grande paixão, a vida no campo, pois trata-se de uma cidade que nasceu em uma Fazenda, em 1857. De lá deve ter trazido, também, o gosto pelo pequi e a pamonha, elementos que sempre fortalecerão memórias.

Seu corpo está sendo velado na Casa da Saudade, nos altos da Av. 04 de Julho, e deve ser sepultado às 10 horas desta terça feira no Cemitério Bom Jesus. Foi casado com Maria Monteiro da Silva. Deixa cinco netos e um bisneto e mais uma história de alguém que honrou o agro com a força do seu trabalho.