Castanheira: "A culpa é da prefeita!"

Prefeita Mabel e o tenente-coronel Eduardo: luta por aumento do efetivo da PM
Prefeita Mabel e o tenente-coronel Eduardo: luta por aumento do efetivo da PM
Quando, no início de 2019, o governador Mauro Mendes (DEM), numa medida que definiu como necessária para “redução de gastos”, anunciou o fechamento de dezesseis Delegacias de Polícia Civil em Mato Grosso, sendo uma a de Castanheira, não faltou quem dissesse “a culpa é da prefeita”. Pelo que se sabe, contudo, nenhum prefeito das unidades que mais tarde seriam desativadas, conseguiu reverter a decisão. Inclusive Mabel!

O “inclusive Mabel” precisa ser enfatizado pelos cidadãos de boa índole do município, considerando que poucos munícipes se empenham tanto em instancias maiores – leia-se Cuiabá e Brasília – por suas comunidades, do que Mabel de Fátima Melanezi Almici, algo reconhecido na região noroeste. Desde o primeiro mandato sua estratégia envolve uma participação efetiva nos altos escalões – reivindicando e brigando pelos interesses de Castanheira – e localmente. Isto foi possível, até aqui, graças ao companheirismo, dedicação e fidelidade de seu chefe de gabinete, Júnior Rios. Até por isto, por maldade ou desconhecimento da realidade, alguns chegam a atribuir a esse “servo” (expressão comum nos escritos bíblicos), um ofício que pelo menos por enquanto ele não tem.

Como publicamente ninguém sai em defesa de ninguém em Castanheira, algo que se faz muito nos bastidores, na mesma proporção de críticas muitas vezes desprovidas de toda verdade, é preciso singularizar os esforços da administração municipal em fazer o melhor pelo bem comum. Qualquer cidadão atento, que goste de estatísticas e que se proponha a analisar a atual gestão por esse ângulo, certamente vai se surpreender com o número de idas e vindas de Mabel e sua equipe, dependendo das demandas, não apenas para fazer encaminhamentos, mas para lutar por eles. Sobre o empenho desta pequena mas aguerrida mulher um senador já disse, nos bastidores, que ela costuma ficar até o dia inteiro numa fila de espera, em Brasília, enquanto não for atendida.

No caso específico da segurança pública, é fato que Castanheira vive hoje, um tempo de insegurança, até pela saída da Delegacia em questão. Culpar a prefeita, contudo, é no mínimo coisa de quem não tem o que fazer ou simplesmente não considera a verdade como uma virtude relevante. Todos sabem que não foram poucas as reuniões, contatos e até “rogos” para sensibilizar Mauro Mendes. E sabem também que a unidade local tinha apoio irrestrito da administração municipal, inclusive com a disponibilização de material de uso contínuo e de um funcionário para somar-se a equipe gerenciada pelo Estado. Suas instalações estavam em ótimo estado! Mas, nem Mabel, nem os outros 15 prefeitos das cidades conseguiram reverter o que já estava decidido, mesmo quando, em público, era tratado no campo das possibilidades.

No “hoje” desta questão, outra luta está em curso: aumentar o efetivo da Polícia Militar no município. Representantes de vários segmentos da sociedade organizada fizeram um abaixo assinado que, anexado a um ofício, foi encaminhado ao Chefe da Casa Militar, tenente coronel Eduardo Henrique Souza. Como era de se esperar, a prefeita da cidade está na linha de frente da iniciativa. Levou não apenas os documentos, mas, como em outros casos, expos bons argumentos em prol da medida. Sábia, contudo, ela deve saber que mesmo que continue se empenhando em fazer o melhor, nessa e outras áreas, vai sempre encontrar alguém observando, em qualquer anomalia, que “a culpa é da prefeita”. Se consolo há, nem Cristo foi poupado. Afinal, assim foi, assim é, assim será....