Nos últimos dias tivemos "novidades" em relação ao descarte de lixo na região do aeroporto: além de mais um sofá, uma enorme cobra jibóia e pés de porco em vários pontos da vicinal do Kubsticheck. Por essas e outras, imaginamos a cidade, daqui há 40 anos.
Na tarde desta quinta feira, 13 de dezembro de 2060, um veículo foi visto literalmente boiando no centro da cidade, na Av. Gilio Rezzieri, na antiga região de área verde da cidade de Castanheira.
Segundo testemunhas, um sofá, que teria sido jogado dias atrás, na área verde existente nas proximidades da Faculdade Maria Quitéria, também flutuou, levado pela forte enxurrada.
Segundo especialistas do curso de Engenharia Ambiental da FMQ, o lixo jogado por alguns moradores, em vários pontos da região central da cidade, tem obstruído a passagem das águas nos dutos das galerias, causando transtornos e prejuízos à população.
Em entrevista numa emissora de Rádio local, um dos antigos moradores, que prefere não se identificar, lembra que a cultura do lixo jogado de forma aleatória em vários pontos da cidade é antiga. “Meu avô conta que chegou a ver vários sofás, restos de materiais de construção e restos de animais quando fazia caminhadas vespertinas", destaca.
Segundo pesquisas feitas pela estudante A.L.S., na década de 20, na Câmara Municipal, várias indicações já pediam providencias do executivo, solicitando medidas educativas. Naquela época um dos locais preferidos de descarte era o antigo Aeroporto da cidade.
“Descobri registros incríveis num Site que existia na época – o Castanheira News – dando conta que no local onde havia um Aeroporto, muitos moradores jogavam de tudo, incluindo sofás velhos e animais, vivos mortos”, relata.
Uma técnica que usavam na época para registro de textos, chamado “print”, foi encontrado entre as antigas lembranças de seu avô, constando que há exatamente 40 anos, coincidentemente num mês de dezembro, ao fazer caminhada, um cidadão encontrou onde hoje é a Perimetral Sul – antiga vicinal conhecida como linha do Kubistchek – até uma enorme cobra jiboia morta, produzindo enorme mau cheiro.
Em discussão sobre o tema, numa aula recente, alunos do curso concluíram que os problemas de enchentes hoje existentes na cidade podem ter relação com a herança cultural deixada por alguns desses cidadãos e ausência de ensino consistente sobre preservação do meio ambiente.