Uma das expressões mais ricas em significados da cultura brasileira terá no próximo final de semana, em Castanheira, uma programação especial: a capoeira, que compreende elementos das artes marciais, esporte, cultura popular, dança e música.
Capoeira por aqui, lembra Walison Bento de Souza, o Guatá, empenhado, na comunidade, na sua difusão e na prática de algumas artes marciais. É dele a iniciativa de realizar o evento.
Na sexta, segundo ele, haverá uma Oficina de Artesanato, no Centro de Eventos do Idoso, no Bairro Guadalupe, ao longo do dia e até às 20 horas, dando visibilidade aos instrumentos de percussão usado na capoeira.
Apaixonado pelo tema, que tem origem nos tempos da escravidão, usando formas de expressão oral e gestual, com difusão nas ruas e academias, Guatá lembra que a capoeira é considerada um dos maiores símbolos da cultura brasileira. Tem menções, por exemplo, em filmes renomados, mundo afora.
Da história, acredita-se que tem origem com os fugitivos da escravidão, os quais utilizavam frequentemente a vegetação rasteira para fugirem do encalço dos capitães-do-mato. Esses teriam sido os primeiros capoeiristas, atrelando a prática ao anseio por liberdade. “Talvez isto explique o significado da palavra, que é ‘o que foi da mata’”, diz Guatá.
A iniciativa da Associação “Ama Capoeira”, criada em 2022, em difundir sua história e prática se dará em três etapas. Além de Castanheira, acontecerá em Juína e Lucas do Rio Verde, no próximo ano.
Do final de semana, além da Oficina de Artesanato, no sábado, a partir das 16 horas, na quadra da Escola Municipal Castanheira, no Bairro Santa Rita, acontece uma solenidade de graduação e troca de graduação.
Guatá destaca que estará presente em todos os atos o Mestre Jabuti, de Goiania, profundo conhecedor dos fundamentos e do jogo de capoeira. “Serão momentos muito especiais, por isto convidamos a comunidade a participar”, convida.