O trecho da BR-174 ou MT 170 entre Castanheira-Juína e vice versa continuou no foco das discussões na semana que passou. Não bastasse a confusão com os termos que denominam a extensão, teve confusão na pista ou, como diriam alguns, no que resta dela, considerando-se as centenas ou milhares de buracos, que tem gerado estragos e mais estragos em veículos que precisam circular nesta parte do noroeste mato-grossense para outras regiões do país.
A reivindicação e as mobilizações para cobrar medidas das autoridades continuam sendo de justas, mas algumas coisas precisam ser ponderadas. A começar pelo “tempo” de qualquer iniciativa, seja de órgãos competentes ou da comunidade, para minimizar o impacto negativo gerado por infiltrações na malha viária.
O período que, embora a canção diga, termina em março, em Castanheira e região se estende além, tendo até uma chuva especial enviada, segundo a tradição, por um santo intercessor da religiosidade católica. Isto inviabiliza o êxito dos serviços conhecidos por “operações tapa buracos”. Enquanto uma primeira chuva não vem, até que melhora.
Problemas
Problemas
Nesta semana, um grupo começou a se mobilizar para mais uma dessas operações. Como usam terra como matéria prima principal, quem passa nos trechos já “visitados” percebe que grande parte dos buracos voltam, piorando o cenário, pois centenas de metros de terra deslizam sobre a pista.
Outro problema é, quem sabe, se ponderar “o quando” de algumas decisões. A dita operação teve até reunião, na Câmara Municipal de Castanheira, com a presença de algumas lideranças políticas e empresariais de Juína e Castanheira. Quem acompanha o dia a dia das publicações midiáticas deve saber, contudo, que embora os prefeitos das duas cidades e outros políticos tenham se mobilizado ao longo dos últimos anos – muitos até foram aos locais mais precários sair nas fotos – um contato mais recente, da ex -prefeita Mabel, de Castanheira, resultou não apenas numa promessa da SINFRA, como no agendamento de duas ações. Primeiro, mais uma “operação tapa buraco”. Segundo a data de licitação para aquilo que é o maior anseio de todos: um recapeamento do trecho todo ou das partes mais vulneráveis. Entende-se que as pessoas já não acreditam em promessas, como a da continuidade da pavimentação até Juruena, Aripuanã, etc., anunciada várias vezes ao longo dos últimos anos. Mas, como tanto já se esperou, não valeria a pena esperar mais um pouco? Um pouquinho mais?
Embora ninguém publique, uma fonte revela ao Castanheira News que o governador do Estado, Mauro Mendes, que deve andar com a orelha quente diante de tantos movimentos reivindicatórios (que são justos), teria ficado furioso com a iniciativa desta semana. Como outros municípios do Estado reivindicam serviços semelhantes para situações semelhantes, a iniciativa local, que está em curso, pode, segundo alguns, ser um tiro no pé.
Finalmente, poucos ou ninguém questiona nas discussões sobre o tema, a qualidade da pavimentação asfáltica realizada entre Juína e Castanheira. Ela não é tão antiga, considerando-se outros serviços executados em períodos anteriores e que apresentam melhor preservação. Se a discussão é essa, há quem vá mais longe, lembrando que o trecho dentro do município de Castanheira, a partir do Córrego das Pedras, sempre foi pior. E aí tem uma lenda destacando que o material, na época da obra (gestão Blairo Maggi), estaria acabando e resolveram usar uma solução de menor qualidade do lado de cá da ponte. Mas, isto pode ser coisa da famosa “língua do povo”.