Quando o próximo Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde for divulgado, provavelmente no final da tarde desta segunda-feira, 10, vai registrar a vigésima vítima da Covid 19 em Castanheira.
Como os demais, Nivalcir Paulino dos Santos, 53 anos, lutou pela vida, enquanto pode. Estava internado na capital do Estado, seguindo a “via crucis” de todos os 19 outros que tiveram o quadro de saúde agravado, levados para vários municípios em condições de oferecer melhor atendimento aos pacientes acometidos pela doença.
Considerando-se os padrões atuais, tinha ainda muita vida pela frente, se reuniria muito com os amigos para boas prosas, coisa que gostava de fazer, e talvez veria o seu Flamengo conquistar muitos outros títulos. Mas, não deu. É mais um morador do tradicional Bairro Guadalupe de ascendência paranaense a deixar saudade. Nasceu em Joanópolis.
Chegou em Castanheira no mês de agosto de 1986, ou seja, dois anos antes da criação do município, o que faz dele um pioneiro. Na luta pelo pão de cada dia, trabalhou em fazendas do município e no convívio com os amigos ganhou dois apelidos. Alguns o chamavam de Nil, em associação com o nome. Outros, porém, gostavam de chamá-lo de Bolinha.
Era casado com Dona Vitória e deixa dois filhos. Seu corpo, segundo familiares, deve chegar de Cuiabá, seguindo-se o sepultamento, no Cemitério Bom Jesus. Como nos cenários de óbitos pela Covid, haverá apenas um breve momento para as despedidas.
Sua morte, num período em que os índices do coronavírus se retraíram em Castanheira nos últimos dias, impõe o costumeiro sinal de alerta. E, como nos outros casos, a lembrança de que “todo cuidado é pouco”.
Sua morte, num período em que os índices do coronavírus se retraíram em Castanheira nos últimos dias, impõe o costumeiro sinal de alerta. E, como nos outros casos, a lembrança de que “todo cuidado é pouco”.