Falências de bares e restaurantes equivalem a quase uma Ford por semana

RESUMO DA NOTÍCIA

Elevado número de falências no setor de bares e restaurantes em São Paulo preocupa. Empresários condenam medidas restritivas por conta dos que não respeitam as regras. O correto pagando pelo incorreto.
As demissões no setor de bares e restaurantes do Estado de São Paulo equivalem “a quase uma Ford por semana”, afirmou Percival Maricato, presidente do conselho estadual da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SP), em entrevista ao canal de notícias “CNN Brasil”.

A montadora norte-americana anunciou recentemente que fecharia suas fábricas no Brasil, causando a demissão direta de 5 mil trabalhadores. Os dois setores, no entanto, têm impactos econômicos diferentes na economia brasileira.

Maricato criticou as restrições impostas pelo governo de São Paulo para conter a pandemia de coronavírus no Estado. “Quando se vai a um restaurante, as pessoas se sentam distantes umas das outras, elas têm a temperatura tomada, elas têm álcool em gel. Há uma limpeza diária de todos os equipamentos”, afirmou.

Ele ainda destacou o elevado número de falências no segmento. “Não dá para penalizar um setor de pequenos empresários, que são dezenas de milhares, e que estão quebrando a média de 300 por dia. É quase uma Ford por semana”, disse.

Maricato, porém, reconheceu que existem estabelecimentos que não estão seguindo as regras sanitárias. “Existem sim, bares que não cumprem um protocolo, nós somos inteiramente a favor da penalização”, disse o presidente da Abrasel-SP. Ele pede, no entanto, que o setor não seja totalmente penalizado por causa dos maus empresários.

Comparando o período pré-pandemia com o momento atual, segundo o presidente da Abrasel-SP, 30% dos bares e restaurantes já fecharam as portas porque faliram. “Se as restrições persistirem, não teremos nem 20% aberto daqui a três, quatro meses, porque não é possível uma empresa viver com tanta insegurança, restrições e despesas”, avaliou.

“Vai ser uma extinção da gastronomia de São Paulo que vai levar uma década para reerguer”, acredita o presidente da Abrasel-SP.

Do Site Terra