O início do ano letivo nas escolas estaduais tem sido marcado por idas e vindas dos órgãos deliberativos sobre possibilidade do retorno das aulas presenciais.
O governador Mauro Mendes (DEM) tem sinalizado com este cenário. Por outro, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), fala em greve caso isto aconteça.
No centro da discussão está a insegurança, especialmente dos professores, diante da COVID 19. Embora estejam entre os grupos prioritários, a baixa disponibilização de doses, que não atendeu completamente - até o momento - nem o pessoal da linha de frente de combate ao vírus vinculado à Saúde tem inviabilizado a imunização na categoria.
Caso o governador seja irredutível com a ideia do retorno presencial, a paralisação, segundo o SINTED, é inevitável pois será um gesto em defesa da vida.
Segundo Valdeir Pereira, presidente do Sindicato, o momento não é propício para voltar às atividades escolares presenciais, uma vez que 30 profissionais da educação já faleceram em decorrência da covid-19.
“O ponto principal é de que só há segurança de retorno se houver a imunização da população, caso contrário, é um risco muito grande. O prejuízo se concretiza com várias pessoas se contaminando. Até janeiro, tivemos 30 profissionais da educação que faleceram, mesmo com atividades remotas, imagina com a retomada sem a imunização”, disse.
Ainda que professores estejam no grupo prioritário de vacinação, a contaminação pode ocorrer entre os alunos, segundo Valdeir.
Kit Alimentação
Incerteza sobre volta ou não das aulas presenciais, certeza de uma medida: os alunos matriculados na rede estadual de ensino de Mato Grosso terão direito a um kit de alimentação escolar a cada bimestre. Os kits serão entregues pelas escolas a partir do dia 18 de fevereiro, até o dia 26.
Como uma das exigências é a matrícula estar confirmada, os pais ou responsáveis devem procurar a unidade escolar para saber se o filho teve a matrícula renovada ou aguarda renovação. As escolas deverão informar aos pais o dia e o horário da retirada do kit, para evitar aglomeração.
Secretário de Estado de Educação, Alan Porto enfatiza que por se tratar de um período de pandemia, e como a alimentação escolar é essencial, foi definida prioridade na entrega dos kits para as famílias.
“Será distribuído um kit por aluno matriculado. No caso de três alunos de uma mesma família, serão entregues três kits. Daí a importância dos pais procurarem a escola para confirmar se o filho está matriculado”, reforça o Superintendente de Serviços da Seduc, Artur Barros.
De acordo com o coordenador de Alimentação Escolar, Hesloam Maia, o kit de alimentação escolar terá um valor médio de R$ 100 com diversos itens. “A organização e distribuição será novamente descentralizada. As unidades escolares serão responsáveis pela organização e distribuição aos pais. A equipes gestoras das escolas farão o agendamento seguindo as normas de biossegurança”, assinala.
Itens
O kit alimentar custa, em média, R$ 100,00. O valor é 30% maior que o kit distribuído em 2020.
O kit será formado por:
Dois pacotes de cinco quilos de arroz;
Um pacote de um quilo de feijão carioca;
Um litro de óleo de soja;
Um quilo de sal;
Um quilo de frango (podendo ser coxa, sobrecoxa ou peito);
Um quilo de vegetal (podendo ser abobrinha verde, cenoura, chuchu, beterraba, maxixe, quiabo ou abóbora cabotiã – de acordo com a disponibilidade contratada pela escola na chamada pública);
Um quilo de fruta (laranja, banana nanica ou banana maça, de acordo com a disponibilidade contratada pela escola na chamada pública);
Um quilo de tubérculo (podendo ser mandioca in natura, mandioca descascada, batata doce, bata inglesa, inhame ou cará, de acordo com a disponibilidade contratada pela escola na chamada pública).