O que torna o futebol fascinante, é sua imprevisibilidade. Depois de um primeiro tempo impecável, vencendo por 2 a 0, gols de Messi, de pênalti, e Di Maria, a Argentina cedeu o empate no segundo, para uma França que só chutou a gol aos 23 do segundo tempo, assinalando dois gols, ambos de Mbppe, em 3 minutos – aos 79’ e 81’, o primeiro de pênalti
Num jogo em que dois dos maiores craques do mundo, um há mais tempo, Messi, que conquistou tudo, menos uma Copa até aquele momento, a França tinha Mbappe, em sua segunda Copa e já campeão na Rússia, em 2018.
Ingredientes não faltaram num jogo que foi para a prorrogação. Jogo sério, sem firulas, malabarismos, cabelos pintados, mas de futebol bonito, marcado peça raça.
Na prorrogação as emoções continuaram, com mais dois gols, um para cara lado, claro, para angústia de franceses e argentinos. Autores? Messi, aos 109’ e Mbappe aos 117’. Com três gols, num único jogo, sendo dois em penalidades, o francês conseguiu a artilharia. Messi fez dois. Neste critério: 8 a 7.
Definições não faltam para a partida, certamente numa das finais mais emocionantes da história. A predominante: épica. Ah! E o jogo, com 3 a 3, foi para as penalidades. Se os dois times pudessem ser declarados campeões da Copa do Qatar, seria justo, apesar de que, no geral, os argentinos jogaram melhor. Como um vencedor teria que ser declarado, justiça foi feita: 4 a 2 para “los hermanos”.
Num jogo de vários personagens, o desfecho da conquista do Tri para o país sul-americano registrou, ainda, para a história, a defesa extraordinária do goleiro Emiliano Martinez, abrindo espaço para a conquista.
Fica também, entre outros, a estrela de Messi, que merecia a conquista, a sorte do técnico Lionel Scalone, que mudou o time na véspera e a grande lição de que uma derrota nem sempre é o fim de tudo: as gerações futuras vão lembrar o começo desastroso da Argentina, em 21 de novembro, quando perdeu, de forma inacreditável, para a Arábia Saudita.
Viva o lado bom do esporte, numa Copa marcada por polêmicas, especialmente em relação a sede escolhida, onde direitos humanos é uma coisa que ninguém leva em conta. Que bailem todos, ao som do tango e do chamamé!
Vivaldo S. Melo
Vivaldo S. Melo