Um mineiro de Arari, que amou a pequena Jussiara, no Paraná, e viveu seus últimos anos em Castanheira. Esses três contextos resumem os cenários de vida de Aparecido Roza Ribeiro, que faleceu nesta sexta-feira, por volta das 04h30, no lugar que mais gostava: em casa, no Sítio Nossa Senhora Aparecida, na Linha João Paulo, onde residia com a filha, Maria de Fátima Ribeiro Wendler.
“Seo” Aparecido, como carinhosamente era chamado, vai fazer falta, segundo familiares, por várias razões. Ao longo dos seus 94 anos de idade refletiu valores cada vez mais raros, infelizmente, no cotidiano humano, um deles a honestidade, refletida no empenho de andar sempre em dia com as dívidas e pela forma carinhosa de tratar os próximos. “Era muito alegre, gostava de contar piadas”, destaca a neta Cristiana Wendler.
Segundo ela, uma das tristezas, doravante, será ver o lugar vazio a mesa, no Sítio, onde, em torno dele, os familiares locais gostavam de se reunir. Mas, se a vida dos que marcam presença na terra continua nas lembranças e sonhos dos que ficam, Seo Aparecido, num certo sentido, nunca vai morrer. Até porque muitos dizem que os “avós nunca morrem”, tornam-se apenas invisíveis e dormem para sempre nas profundezas do lugar mais valioso do ser, o coração.
A despedida, na Casa da Saudade, onde o corpo será velado a partir da tarde desta sexta e até as primeiras horas deste sábado, 12, dará início a um ciclo de saudade para 6 filhos, 11 netos e 21 bisnetos, além de outros familiares, ligados a esses, e amigos cultivados numa jornada que teve a maioria dos capítulos no campo. “Ele gostava de trabalhar na roça, tendo sido lavrador a vida toda”, lembra Cristiana, observando que o avô era viúvo de Geralda Souza Ribeiro.