Dia triste para Dona Maria José Bento de Oliveira. Seu companheiro de 27 anos, o Afonso Rodrigues de Oliveira, o pai do João do Fogão de Lenha, como alguns gostam de lembrar, não está mais entre nós. Foi vencido por uma das doenças que mais produz rupturas no dia a dia das pessoas, o câncer, vindo a óbito às 23 horas desta segunda-feira, 02.
Sua história pode ser contada sob o script dos mortais mais simples, que alimentam, contudo, os enredos maiores de todos que constroem uma cidade. “Foi um homem trabalhador, honesto, alegre, descontraído”, destaca a nora Jô Neneve.
Conhecido como Afonsinho, é mais um mineiro de Coroaci a deixar marcas em Castanheira, onde viveu 27 de seus 65 anos, o que faz dele um dos primeiros moradores da terra dos castanheiros como município, no mesmo roteiro dos outros, que por aqui chegaram buscando novas oportunidades.
Nas árduas lidas, como as carpidas, colocar veneno nos pastos, construir cercas no campo, sustentou os cinco filhos e foi um avô sempre presente na vida dos 13 netos e de um bisneto. Já um pouco debilitado pela doença, mantinha o bom humor, que dava liberdade para responder, com um sorriso, uma das abordagens mais comuns nos últimos tempos: “E aí, Afonsinho, tá firme, aguenta mais um ano?"
“Deixa entre nós uma profunda tristeza”, revelam os familiares que até as 17 horas desta terça-feira, 02, com os amigos de caminhada velarão seu corpo na Casa da Saudade, de onde o corpo seguirá para o Cemitério Bom Jesus, em sua última viagem pelas vias que sustentaram, por aqui, suas caminhadas. Agora trilhará outro cenário.