A mulher que amava costurar

RESUMO DA NOTÍCIA

Vítima fatal de acidente automobilístico ocorrido neste sábado, 11, na ponte sobre o Rio Perdido, em Juína, Luzia Ferreira Rios deixa marcas com sua arte na costura.
Luzia Ferreira Rios, 73, tinha uma grande paixão: costurar. Nos últimos dias estava envolvida com a preparação das roupas dos integrantes do Grupo da Melhor Idade que vão participar da quadrilha do aniversário da cidade, a ser apresentada no dia 1º de julho, na Praça Central.

Mas, quis o destino, como dizem alguns -  ela diria, por sua fé, que foi Deus -, que seu último dia de vida por aqui fosse neste sábado, 11. No começo da noite, um trágico acidente, sobre a Ponte do Rio Perdido, na saída de Juína, lhe tirou a vida, deixando desconsolados o esposo, Erotides Nunes Rios, o Tidinho, e a neta, Maria Luisa Martinelli, sobreviventes, e todos os amigos e familiares que receberam a notícia. 

Nascida em Pancas, no Espírito Santo, berço de grande parte de sua família, Luzia, que chegou em Castanheira com a família no ano de 1990, vivia um tempo de muita tristeza, com as perdas recentes da professora Luciana Marques, mãe de Maria Luisa, a Marilú, como carinhosamente chamava, e de uma cunhada,  ainda na semana passada, em Rondônia. 

Acreditando na vida eterna, conseguia, contudo, superar esses cenários de luto, amparada em sua fé e na companhia constante de seu companheiro e de pessoas que lhe eram caras, como os  três filhos – Sesley, Sander e Samaro -, os 7 netos e na companhia de outras que considerava especiais, como Amaziles Eleto, a Tuíta, a qual chamava de filha.

“Difícil esquecer, daqui pra frente, nossos encontros, todos os domingos, para almoçarmos juntos, tendo como prato preferido um franguinho caipira que ela sabia fazer como poucos”, diz Tuíta, destacando o fato de Luzia ser a inseparável companhia de Tidinho nas constantes idas e vindas entre as residências da cidade e do Sítio Capixaba, na linha 01.

Ela pertencia a Igreja Cristã. Como essa denominação tem templo apenas em Juína, nas proximidades da Casa da Cultura, em Castanheira era comum frequentar com o esposo o templo da Igreja Presbiteriana do Brasil, na Rua Gillio Rezzieri, onde o corpo será velado, a partir das 13 horas deste domingo. Sepultamento deve ocorrer às 08hs. desta segunda, 13, no Cemitério Bom Jesus.