O Dia Internacional da Mulher é celebrado em vários países em 8 de março. Essa data tornou-se um consenso entre os movimentos feministas do início do século XX. Isso aconteceu porque, no dia 8 de março de 1917 – mesmo ano da Revolução Bolchevique na Rússia –, houve uma greve geral de milhares de operárias russas que recebeu o apoio de operários do mesmo país ligados à indústria pesada, como a metalurgia. A exemplaridade dessa greve tornou-se tão notória à época que as feministas tomaram tal data com referência para suas bandeiras.
Origem
Alguns anos antes, uma “data específica para as mulheres” já havia sido sugerida no II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, que foi realizado em Copenhague, em 1910. A sugestão partiu de Clara Zetkin, então ligada ao Partido Social-Democrata da Alemanha, que disse à comunista russa Alexandra Kollotai, também participante do evento, da necessidade de um Dia Internacional da Mulher. Apesar de feita a sugestão, não houve de imediato um consenso sobre qual seria o melhor dia.
A tragédia na fábrica de New York
No ano seguinte, em 1911, houve na cidade de New York uma tragédia na fábrica Triangle Shirtwaist Company. No dia 25 de março, 125 mulheres e 21 homens morreram carbonizados no interior da fábrica. A causa do incêndio foi as péssimas condições das instalações elétricas combinadas com materiais que compunham a estrutura física da fábrica e que aceleraram o incêndio, como madeira seca e tecidos. Outro fator que contribuiu para a tragédia foi a ação dos dirigentes da fábrica de trancar os funcionários no galpão de serviço com correntes e cadeados.
Oficialização da data
O incêndio da Triangle fez com que o dia 25 de março se tornasse símbolo para as mulheres, sobretudo nos Estados Unidos, dada a quantidade de operárias mortas no local. Durante alguns anos, nesse dia (25 de março), celebrou-se o Dia Internacional da Mulher. No entanto, a greve das operárias de 8 de março na Rússia, nas vésperas da revolução, acabou por se tornar o ícone das manifestações feministas, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial, quando outras bandeiras do feminismo passaram a ser associadas à luta por direitos trabalhistas, etc.