O fim de noite desta terça-feira, 20, foi trágico em Castanheira. Uma tentativa de furto, a ameaça a uma família de trabalhadores, a agressão a um cidadão de bem, a morte de um dos meliantes e o ferimento, a bala, de outro, saldo de uma série de incidentes que tiveram início em Juína, na verdade são eventos que fazem parte de uma crônica anunciada.
No recente encontro do Dr. Carlos Francisco de Moraes, novo delegado da regional Juína da Polícia Civil, com cidadãos castanheirenses, na Câmara Municipal, que tratou do fechamento da Delegacia local, por mais que alguns nortes fossem dados, a sensação de quem participou foi a de que a criminalidade continuará avançando na cidade, por conta da quase ausência do Estado.
Da noite em questão, por volta das 23h40, sabe-se que depois de entrarem numa residência, na Rua João Brasil, ferirem o proprietário e roubarem uma Moto Bross - deixando outras duas de menor valor, subtraídas em Juína - dois dos personagens (seriam mais), evadiram-se do local. Mas, levaram a pior. Um foi encontrado morto na Av. 04 de Julho, nas proximidades da Travessa Augusto, e outro ferido, na Rua Resende, poucas quadras a frente.
Em meio ao espanto das pessoas que ainda estavam acordadas, comentários se multiplicaram a respeito de assuntos relacionados. Um deles tem tirado o sono de muita gente e tem relação direta com o aumento de furtos e outras formas de violência na cidade: a proliferação de bocas de fumo. Com isto, se a ausência de ocorrências foi um dos motivos do fechamento da Civil na cidade, só resta perguntar: “E agora, José?”