Quase sempre se ouve falar que vereador não faz nada. E por detrás deste “não fazer nada”, que é questionável, está o descontentamento de cidadãos que não tiverem alguns interesses pessoais atendidos, não relacionados a coletividade. Os mais comuns são o financiamento de festas, times de futebol, receitas médicas, viagens, etc. Daí, neste período que antecede a realização de mais uma eleição para o legislativo municipal, a luta pela formação de consciência sobre essa função deve ser intensificada.
Membro da Câmara Municipal, eleito pelo voto popular para um mandato de quatro anos, o vereador exerce duas funções principais: legislar, representar a sociedade em sua pluralidade de interesses e fiscalizar a atuação do Executivo. O vereador produz leis cuja abrangência é municipal, e fiscaliza as ações do prefeito da cidade, cobrando a implantação e a execução de políticas públicas capazes de garantir o atendimento dos direitos básicos do cidadão e de outras demandas sociais.
No desempenho dessas funções, o vereador atua como representante do cidadão. Ele faz a mediação entre aqueles que vivem na cidade e os que a administram, contribuindo para criar canais de diálogo e participação social na política. A Câmara Municipal, dessa forma, se converte em espaço voltado à promoção do debate, ambiente destinado à discussão dos problemas da cidade e à busca coletiva de soluções para eles.
Nas próximas eleições, 39 nomes concorrem ao legislativo castanheirense. A responsabilidade de um voto consciente envolve a percepção do eleitor sobre a capacidade de seu candidato para fazer frente a essa demanda. Escolher meramente por critérios como afinidade pessoal ou pelo interesse em ter alguém que vai atender, talvez por isto, interesses que não visam o coletivo, é no mínimo uma ação egoísta. O todo da cidade precisa ser considerado com seriedade.