Universidade John Hopkins alerta para segunda onda da Covid no Brasil

RESUMO DA NOTÍCIA

Referência na doença, Universidade americana alerta para o perigo de uma nova onda no Brasil. Caminho continua sendo levar a sério cuidados que já sabemos, mas que aos poucos estão sendo desconsiderados.
Referência mundial na coleta de dados sobre a COVID 19, a Universidade John Hopkins mantém alerta sobre a tendência de novas infecções. O Brasil está no mapa das preocupações, por uma tendência que cresce e pode facilmente ser observada em Castanheira, onde, embora as autoridades sanitárias mantenham o alerta sobre alguns cuidados, a cada dia percebe-se que “as pessoas não estão nem ai”, conforme destacam alguns comentários nas redes sociais. 

Segundo informações epidemiológicas da renomada instituição, o número de caros aumentou entre maio e julho e começou a diminuir em agosto. Embora a curva esteja caindo, o país está registrando de 15 mil a 20 mil novos casos por dia em novembro. “É preciso ficar atento a isto”, alerta Francisco González, especialista em América Latina e Brasil.

Em entrevista a revista Exame, Francisco destaca que a probabilidade de uma segunda onda no Brasil depende de como as autoridades e a sociedade vão tratar da questão. A mensagem deve ser de que as pessoas precisam continuam obedecendo regras como usar máscaras, manter o distanciamento social e lavar as mãos com frequência. Com fortes medidas de saúde pública observadas por toda a sociedade, uma segunda onda poderá ser evitada. 

Confira três perguntas importantes direcionadas ao especialista na entrevista:

Em dezembro, começa o verão no Brasil. O clima quente pode enfraquecer a propagação do vírus?
 
Não. O vírus continuará circulando em locais tropicais quentes e naqueles de clima mais frio, da mesma forma. Todos os seres humanos podem ser potencialmente expostos ao vírus se entrarem em contato com uma pessoa que está infectada, mesmo que ela não apresente sintomas. E isso acontece com tempo quente e frio, não faz diferença.

No final do ano, há festas de réveillon e muita gente viaja no Brasil. Com isso, há mais chances de um aumento expressivo do número de casos?
 
É importante perceber que a probabilidade de uma segunda onda vai depender do comportamento das pessoas. Com muita gente se reunindo sem manter o distanciamento social ou fazendo aglomerações, há mais chances que o número de casos aumenta bastante. Em todas as ocasiões, também é importante usar máscaras.

Na Europa e nos Estados Unidos, o número de casos está aumentando de forma alarmante. A que se deve isso?
 
Com a chegada do verão, em junho e julho, as pessoas começaram a sair muito mais para socializar. Com isso, houve uma retomada do contato próximo entre as pessoas. Muitas não obedeceram a medidas básicas como usar máscaras, manter o distanciamento social e não se reunir em grandes grupos, particularmente em ambientes fechados.