A última quinta-feira, 02, foi marcada por muita chuva na região noroeste de Mato Grosso, dando início a um dos períodos com maior densidade de águas dos últimos anos.
Em Castanheira foram 16 horas e Juína obteve a maior marca dos últimos tempos, tendo como resultado inundações, quedas de pontes, destruição de casas, pânico, medo e um grande número de desabrigados.
Segundo o INMET, só entre quinta e sexta houve o registro de 161.5 mm em Castanheira, 186 em Juína e 100 em Cotriguaçu.
O Rio Vermelho, em Castanheira, transbordou, colocando em risco a vida dos motoristas que arriscaram cruzá-lo. No trecho que cruza a BR 174 vários relatos foram registrados. Um deles sobre uma caminhonete que por muito pouco não foi levada pelas águas. “O limite das águas quase alcançou a parte superior da cabine”, segundo uma testemunha.
Na MT 208, o trecho que liga Aripuanã a Juruena foi interditado, devido à queda de uma ponte sobre o Rio Loreto, no quilômetro 40. O problema se acentuou com um acidente na mesma via, quando um caminhão chocou-se contra os pilares de outra ponte, que acabaram cedendo.
Em Juína, vários barcos circularam no espaço ocupado por ruas em tempos de estio. Registros nas redes sociais mostram casas totalmente tomadas pelas águas e pontes danificadas, uma delas sobre o Rio Perdido, na MT 170, saída para Castanheira, que motivou interdição pela Defesa Civil. Um dos pontos mais inundados, além do entorno deste Rio, foi a região da Lagoa da Garça, no perímetro urbano.
O quadro de destruição no município vizinho, motivou a solidariedade humana. Em vários pontos da cidade houve recolhimento de cestas básicas, alimentos não perecíveis, roupas, utensílios domésticos e até móveis para os desabrigados. Em Castanheira um ponto foi definido, na Sartor Internet, na Av. 04 de Julho, 738, no centro da cidade. O telefone (66) 99620 3252 é a referência para os que ainda desejam ajudar.