Semana de luto para duas famílias castanheirenses

A semana que se encerra neste sábado, 16, foi de tristes despedidas para castanheirenses de duas famílias.  Quis o destino que dois ente queridos morressem, coincidentemente, em Aripuanã, a 427 quilômetros, dentro da chamada Amazônia mato-grossense. 

Vitimado por um derrame cerebral (AVC), na quarta-feira, 13, Noel Inácio Nunes, de 72 anos, não conseguiu resistir, vindo a óbito. Por 20 anos ele  morou no município de Castanheira, repetindo o roteiro de muitas famílias que chegaram a região noroeste de Mato Grosso em busca de novas oportunidades.  

Sua história se resume a três contextos principais: nasceu em Promissão, interior de São Paulo, residiu por um tempo no Paraná, em Porto São José, e terminou seus dias na região noroeste de Mato Grosso, a partir de Juína, Castanheira e, ultimamente, Aripuanã.

Maurício Nunes, um dos filhos, lembra que Noel era uma pessoa alegre. “Gostava muito de gaitadas”, diz, referindo-se ao hábito de gargalhar alto. “Entre os familiares de Castanheira estão Zacarias e Elma, Zé Mendes e Arminda (Dona Gorda) e os filhos desses casais”, lembra. 

Fatalidade

Amplamente divulgada nas redes sociais, a morte de Everaldo Rissato, 45, no dia seguinte, quinta-feira, 14, foi um choque para familiares e amigos. Ele foi atingido por uma tora de madeira, por volta das 16 horas, enquanto descarregava o caminhão no pátio de uma madeireira, no distrito industrial de Aripuanã. 

O acidente aconteceu quando ele soltava um cabo de aço que prendia as toras de madeira no veículo. Mesmo sendo socorrido de imediato, não resistiu aos ferimentos, morrendo no local. 

Everaldo era casado com Eliza Esser Coelho, tinha dois filhos - Wesley e Suellen - e uma netinha, a pequena Emanuely, de um aninho. Em Castanheira, onde chegou com os pais em 1990 - procedentes de Paranavaí - e onde conheceu a esposa, deixa as irmãs Graziele Rissato Coelho e Edinete Wiessenhiiter, Desde 1999 residia em Aripuanã, para onde, em 2004, conseguiu levar os pais, Jesus Antonio Coelho e Marilene Rissato Coelho. 

“Era uma pessoa feliz, de um bom coração, gostava de ajudar a todos; também uma pessoa muito divertida, sempre sorrindo”, destaca Graziele, lembrando que por essas referências está sendo muito difícil para todos enfrentar a dor da perda.