A última semana de agosto se encerra neste sábado e contabilizou a morte, às 19 horas da última quarta feira, 26, de mais uma mulher inserida na galeria das pioneiras em Castanheira. Embora residisse em Juína nos últimos anos, Alvina Barbosa Pecini repetiu um desejo aos filhos (três) também expresso pelo esposo, João Pecini, o de ser sepultada em Castanheira.
Alex Pecini, um dos nove netos, define a avó como uma mulher batalhadora. Para ajudar no sustento da família, somando-se aos recursos obtidos pelo esposo, que em Castanheira foi motorista de caminhão e tratorista, manteve a rotina de um bar, além de cuidar com carinho das lidas domésticas.
Depois de deixar Castanheira, onde chegou em 1987, sofreu o impacto da morte do filho Júlio César Pecini em 2017, em Castanheira, quando trabalhava na Construforma, vitimado por um enfarto fulminante, e do esposo no ano seguinte, em Juína, que teve câncer no estômago. Mesmo assim, manteve a disposição em servir.
No último dia 05 de agosto, Alvina sofreu um AVC isquêmico. Lutou pela vida, mas foi vencida pela morte vinte e um dia depois. Sobre ela, Alex destaca o carinho em cuidá-lo. “Com apenas dois meses de vida me levaram para morar com ela e foi assim até os 19 anos, nunca faltando atenção”.
De sua trajetória, lembra que seguiu a rota de muitos residentes no noroeste de Mato Grosso, pois partiu do Paraná, onde nasceu, em busca de oportunidades numa região que estava sendo desbravada. Deixou amigos e familiares com saudade em Castanheira e Juína, os dois contextos onde viveu todo este tempo, desde a década de 80 do século passado.