[...] Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
Este texto se inicia com um fragmento de um poema de Carlos Drummond de Andrade em “Procura da Poesia”, junto a uma indagação: Para quê um (a) psicólogo (a), afinal?
No último dia 27 de agosto, comemorou-se 58 anos da Lei n. 4119/62, que regulamenta a profissão de psicólogo (a) no Brasil. No entanto, a prática do (a) psicólogo (a) ainda é muito pouco conhecida.
Acontece que a psicologia é uma ciência que abrange muitas áreas: organizacional, educação, jurídica, clínica, social, trânsito (para citar algumas) e inúmeras abordagens, que, resumidamente e didático, seria: forma/teoria/técnica a qual o (a) profissional se utiliza para manejar seu trabalho.
Aqui, falando mais sobre a clínica, encontramos questionamentos muito interessantes como: Quando procurar por uma psicoterapia?
Não há uma resposta satisfatória, porém, podemos sugerir que, procura-se pelo e pela profissional de psicologia, dentre tantos motivos, pessoas que estão passando por algum tipo de sofrimento psíquico e desejam, de alguma forma, entender melhor sobre seus sintomas.
A psicoterapia é um processo de cura através das palavras. Produz dela um olhar para a vida onde se é possível trilhar por vários caminhos.
A paciente ou o paciente procura pelo (a) psicólogo (a) acreditando que só se pode ser de uma maneira específica e vai, na medida em que fala e se escuta, deslizando-se deste lugar, olhando para uma vida de possibilidades. Saindo do "tu és isto".
Compreende que a chave a qual imaginava estar no bolso do (a) psicólogo (a), está, sempre esteve e estará consigo.
Embora o (a) profissional tenha um papel fundamental, pois não existe auto análise, somos nós os protagonistas de nossas vidas.
Trouxestes a chave?
Taise Fernanda Feiten