Fechamento do comércio, bloqueios e lista de boicote: Dr. Marcelo Linhares se pronuncia

RESUMO DA NOTÍCIA

Ao falar de temas explosivos do momento, Dr. Marcelo Linhares diz que população não pode ficar refém.
O Promotor de Justiça do município de Juína, Dr. Marcelo Linhares, se pronunciou nesta segunda-feira, 07, sobre três temas relacionados ao movimento em curso no país, após as eleições, dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, do PSL,  contra o resultado, do qual foi perdedor por uma diferença de 7 milhões no primeiro turno e pouco mais de  2 milhões no segundo, no confronto direto com Luiz Inácio Lula da Silva, do PT

Sobre fechamento do comércio, inclusive com convocação de greve geral nesta segunda, 07, Dr. Marcelo destaca que a iniciativa é legal, desde que não afete os chamados serviços essências. Neste sentido, setores como o supermercadista, de farmácias e de postos de gasolina não podem aderir ao movimento. A promotoria deve autuar os infratores com multa de R$ 100 mil reais por hora de fechamento. 

Segundo o promotor, a população não pode ficar refém e os setores que não estão dispostos a seguir o movimento não podem ser coagidos. Existem denúncias de que em Juína e em vários lugares do país, alguns comerciantes estão sendo forçados a aderir ao movimento. “Tive que fechar porque se não fizer dizem que vão boicotar meu negócio”, revela um desses. Os que estão por detrás do movimento, neste caso, não agem dentro da razoabilidade. 

Sobre a interdição de rodovias, o Ministério Público vai seguir orientação do Supremo Tribunal Federal (STF). Quem for identificado no bloqueio, deve ser penalizado com multa de R$ 100 mil por hora, se for pessoa jurídica, e R$ 5 mil no caso de pessoa física. Isto caso a liberdade de ir e vir das pessoas seja cerceada. “As pessoas podem se manifestar, desde que não interfiram no direito do outro, na liberdade do outro”, diz Dr. Marcelo.

Finalmente, sobre a estratégia em curso em todo o país da divulgação de uma lista no WhatsApp das empresas e prestadores de serviços que não teriam votado no presidente Jair Bolsonaro, candidato a reeleição, orientando o boicote, Dr. Marcelo lembra que as pessoas que se sentirem lesadas, podem buscar a Justiça, visando processar os mentores e os que fomentaram a divulgação. “O WhatsApp não é um mundo a parte”, destaca. Lembra que existem meios para detectar origens e alerta que as consequências existem.

Vivaldo S. Melo (Foto: Juína News)