Muitas coincidências envolvem os nomes de dois ministros nomeados pelo presidente Jair Bolsonaro: André Luiz de Almeida Mendonça, da Justiça, e Milton Ribeiro, indicado hoje para a pasta da educação. Os dois são evangélicos, pertencem a mesma denominação evangélica, a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), são pastores da mesma e tem um elo com a cidade litorânea de Santos, em São Paulo: André nasceu por lá, onde Milton pastoreia uma igreja da denominação, de origem reformada.
O novo comandante de uma das pastas mais importantes na estrutura do país é também membro da Comissão de Ética Pública da Presidência e ex-vice-reitor da Universidade Mackenzie.
Em uma mensagem enviada a amigos, ele explicou quais serão suas prioridades à frente do Ministério da Educação (MEC). “Acredito ser a hora de darmos atenção especial à educação básica, fundamental e ao ensino profissionalizante. Ao mesmo tempo devemos incrementar o ensino superior e a pesquisa científica. Atuaremos na articulação com os Estados, Municípios e seus gestores para mudar a história da educação do nosso país”, afirmou ele.
Ribeiro é o quarto ministro da educação em um ano e meio do governo Bolsonaro. Ele substituirá Alberto Decotelli, que, antes de posse no lugar de Abraham Weintraub, foi demitido por ter inflado o currículo. “É hora de um verdadeiro pacto nacional pela qualidade da educação em todos os níveis. Precisamos de todos: da classe política, academia, estudantes, suas famílias e da sociedade em geral. Esse ideal deve nos unir”, escreveu o novo comandante do MEC, que é doutor em educação pela USP.