Embora o pequeno Pedro Henrique, de um ano e oito meses, pudesse até perceber as emoções fragmentadas da mãe, Ana Paula, do pai Marcos Otávio, dos avós Jonas e Nilza, entre outros, nos últimos meses, diante de sua saúde debilitada, certamente não temeu a morte, uma vez que o seu sentido não tem valor real para crianças dessa faixa etária.
O quadro de sua saúde, especialmente nos últimos 30 dias, quando esteve na UTI do Femina Hospital Infantil e Maternidade, em Cuiabá, apontava, contudo, para esse desfecho. Na manhã desta segunda feira, 14, seus olhinhos se fecharam para sempre, dando início a uma saudade definida como “serena” por um dos familiares presentes ao cenário dos últimos adeuses, na Rua Martins, esquina com Rui Barbosa, no Bairro Guadalupe, em Castanheira, depois de lembrar alguns momentos hilários do pequenino, registrados em vídeo para perpetuação na memória.
Nesta quarta-feira, 15, às nove horas, no Cemitério Bom Jesus, saída para Juína, um penúltimo capítulo, o mais triste, será escrito na história deste pequenino cidadão, quando seu corpo descerá à sepultura. Terá início, então, o ciclo da saudade. E para os que ficam, tomados por esse inevitável sentimento, numa semana que outros, de Castanheira, também partiram, comprovando a tese de que por aqui ninguém morre só, resta a reflexão, mais uma vez, sobre a brevidade da vida e a necessidade de se valorizar cada momento, como se fosse o último. E de se amar uns aos outros como se não houvesse amanhã.