Violência: Campo Grande (MS) tem seu assassino em série

Campo Grande, a capital de Mato Grosso do Sul, já pode ser contexto de algum programa especial do Investigação Discovery. No último final de semana, a Polícia desvendou uma série de crimes, ao prender, na casa de um parente, o pedreiro Cléber Carvalho de Souza, de 43 anos. Nas últimas horas ele já tem sido chamado de “o pedreiro assassino”, "assassino em série", “o pedreiro psicopata” e até de “o serial killer da cidade morena”. 
 
Por enquanto, segundo a imprensa daquela capital de 800 mil habitantes, sete corpos já foram desenterrados, produzindo cenas de terror a cada ação, em muitos casos mostradas ao vivo, mesmo que a distância, por alguns canais de televisão. Com uma camiseta azul,  surrada, ele levou policiais a vários cenários onde enterrou ou jogou suas vítimas, entre eles um velho poço abandonado. 
 
Cleber tem o perfil dos clássicos psicopatas cujas histórias são contadas no ID: um cidadão aparentemente tranquilo, homem de família, trabalhador, etc. Mas, se aproveitou nos últimos anos especialmente de idosos aparentemente solitários, que tinham imóveis ou veículos.  
 
O sétimo corpo foi identificado como sendo de Timóteo Pontes Roman, de 62 anos. De acordo com a família do idoso, ele teria contratado o pedreiro suspeito do crime para um serviço na calçada. Timóteo morava sozinho e estava desaparecido há mais de dez dias. À polícia, Cléber confessou mais este homicídio e disse que queria ficar com a casa da vítima.
 
A motivação do suspeito foi a mesma do primeiro assassinato descoberto pela polícia, no último dia 2. De acordo com a esposa e a filha do suspeito, que também estão presas, Cléber matou o comerciante José Leonel Ferreira Santos, de 61 anos e ficou com a residência do idoso, onde elas estavam morando. A família do comerciante estranhou o sumiço dele e, cinco dias depois do crime, ao encontrar outras pessoas morando na casa, acionou a polícia. Foi a partir daí que desenrolou-se o fio da meada. 
 
Desde então, a Polícia Civil de Campo Grande procurava o suspeito. De acordo com o delegado Carlos Delano, responsável pelas investigações, o pedreiro foi preso nesta sexta-feira, na casa de um parente no Jardim Campo Belo, região norte da cidade. Inicialmente, ele confessou o assassinato de José Leonel e outros quatro crimes, que se somaram a outros dois até a tarde do último sábado.
 
Os homicídios teriam acontecido entre 2016 e 2020 e, segundo o delegado, aconteceram de formas parecidas. "As vítimas eram pessoas que estavam trabalhando com ele. O suspeito alega que foram desentendimentos no trabalho que ocasionaram a ação dele matar, em todas elas com golpes de algum objeto na cabeça da vítima", afirma.
Conforme Delano, Cléber apontou os locais onde enterrou algumas das vítimas e não demonstrou arrependimento. "Ele fala tranquilamente sobre os crimes e não mostra abalo nenhum ao falar dos assassinatos", finaliza.