Em mais uma semana, coronavírus foi o tema predominante entre os castanheirenses. Logo no primeiro dia, domingo passado, 17, dois fatos com versões distintas circulando em aplicativos da internet, ganharam força. Coincidentemente, os dois relacionados a presença de juinenses com suspeita do vírus em ambientes comuns aos castanheirenses.
No primeiro episódio, castanheirenses circularam, como sempre fazem, em Fontanillas, onde estaria presente gente de Juína que deveria estar em quarentena. No Vale do Seringal, região de quatro assentamentos de Castanheira, uma mulher de Juína teria circulado no meio de várias pessoas, entre o sábado e domingo. Neste caso, ela não sabia da possível presença do vírus, comprovado no dia seguinte, segunda-feira, dia 18, num teste rápido.
Com o primeiro caso descartado posteriormente, quem andou por Fontanillas respirou tranquilo. No outro, os resultados do exames ainda não foram divulgados, ficando o elemento da dúvida em meio a diversas versões sobre o que de fato teria ocorrido. Nos dois, a certeza de que as pessoas continuam ignorando uma recomendação protocolar fundamental: evitar-se ajuntamento de pessoas.
Nas duas cidades, separadas por 45 quilômetros, além do susto, o medo. Em Castanheira, a Secretaria de Saúde anunciou na quinta-feira, 21, dois meses depois dos três primeiros casos suspeitos no município, o isolamento de uma pessoa com alguns sintomas do vírus. No dia seguinte (sexta 22), confirmou-se a morte, em Cuiabá, de paciente juinense de 73 anos. Ele tinha sido transferido para a capital dois dias antes, em UTI aérea do Governo do Estado, para atendimento especializado no Hospital São Luiz.
A semana termina com expectativa em relação a resultados de vários exames encaminhados ao Lacen MT, laboratório do Estado que confirma ou descarta a presença do vírus. Um deles é do caso suspeito de Castanheira.
Decretos e comportamento
Apesar dos decretos dos governos municipal e estadual, contendo orientações sobre posturas recomendadas ou obrigatórias, em Castanheira muitos continuam ignorando. O uso de máscara facial, por exemplo, continua baixo. O distanciamento entre pessoas nos ambientes públicos raramente é observado.
“Orientações não faltam”, diz um leitor do Innovare News. “Em todos os estabelecimentos comerciais as normas estão expostas em lugares estratégicos”, observa outro.
O Site tem recebido inúmeras denúncias sobre festas continuas em residências no município, citando nomes e endereços e criticando a ausência de fiscalização. Embora o ideal de “contágio zero” seja um desejo de todos, a irresponsabilidade de alguns pode quebrá-lo e pessoas que corretamente se empenham por fazer a sua parte podem pagar o preço.
(Foto Ilustrativa)
(Foto Ilustrativa)