A expressão poder sugere mais de um sentido. Num dos mais conhecidos, é usada para definir posição. Quem não se lembra do dito popular “quer conhecer um homem, dê a ele o poder”? Em outro, define força. Força que positivamente, constrói; negativamente, destrói, pelos sentimentos envolvidos.
No livro bíblico de 2 Samuel 13 alguns episódios lamentáveis, no seio de uma família, a do Rei Davi, ilustram este último sentido. Três poderes que costumeiramente impactam relacionamentos, deflagraram uma tragédia. Primeiramente, o poder da paixão. Um dos filhos do Rei, Amnom, apaixonou-se por uma meia irmã, Tamar. Como era paixão, e não amor, chegou ao ponto de estupra-la. Num segundo ato de uma das maiores tragédias familiares das Escrituras, opera poder de uma amizade. Movido por essa paixão, buscou conselho em fonte imprópria, o primo Jonadabe. O que ouviu? “Vá em frente!”. Por último, a consumação de um ato ilícito, gera em outro irmão, Absalão, o ressentimento.
Paixão, amizade (no pior sentido) e ressentimento. O efeito destes três poderes gerariam, a seguir, morte em família – Amon e Jonadabe,– e a extensão do ressentimento de Absalão em relação ao Pai, Davi, que sempre ocupado, não tratou dos problemas em família como deveria.
Contra os efeitos negativos desses três poderes, oriundos do coração pecaminoso do homem, existem outros dois, que positivamente, podem evita-los. Primeiro, o amor, que desfaz diferenças, rompe barreiras e possibilita o perdão. Segundo, o Espírito Santo, definido por um teólogo como o vento de Deus que é capaz de capacitar os que O buscam, mediante o fortalecimento de seu interior, a se levantar contra todos os poderes que podem conduzir a morte, em todas as suas dimensões.