Dia do Nordestino é lembrado em Castanheira

RESUMO DA NOTÍCIA

Cultura da região encontra eco na realidade local.
Domingo de muitas citações ao povo nordestino, em razão do 08 de outubro, no calendário, ser dedicado a ele. 

A data foi criada originalmente em 2002, como forma de homenagear o poeta, compositor e cantor cearense Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré.

Em Castanheira, o vereador Lourival Alves da Rocha falou sobre a data, destacando o espírito aguerrido e sofrido deste povo. “Os nordestinos são persistentes, não se abalam facilmente e não levam desaforo pra casa”, argumenta. 

Embora tenha nascido no Paraná, Lourival lembra  que o pai, Severino Alves da Rocha, nasceu em Viçosa, Alagoas, e a mãe, Maria Josefa dos Santos Rocha em Itabaiana, Sergipe.

De passagem em Castanheira, onde ministrou duas palestras importantes para os professores da Rede Municipal, na última sexta, o pastor, professor e psicólogo Aluizio Vidal Flor pontua que “o nordestino é uma síntese de força e de sensibilidade do mesmo ser”.

Ele destaca o fato de alguns ilustres brasileiros como Castro Alves, Ruy Barbosa e Ariano Suassuna, estarem entre os representantes mais destacados da cultura do país. E a pródiga presença  em sua vertente musical.

Marcelo Moura, leitor do Innovare News, como Aluizio de raízes nordestinas, observa que “apesar de todas as dificuldades, uma delas a seca, é um povo alegre e determinado”.

Lembrando de alguns aspectos de sua identidade, A.M., residente no Bairro Santo Antônio, um dos mais populares de Castanheira, registra que “ser nordestino é acordar com um bolo de rolo na mesa, com café coado no pano, ou desejar uma buchada com cuscuz”.

Como em todo o país, a presença nordestina em Castanheira é significativa. Algumas famílias pioneiras tem suas raízes mais remotas em Estados do NE. 

Além das que se originam de lá,  outras resultam do histórico processo migratório para outras regiões do país. É o caso da família Rios, tradicional em Castanheira, com referências na Bahia. O vereador Amilcar Rios, por exemplo, nasceu em Mucuri. 

Algumas das tradições da região são comuns na cidade. Não é difícil ouvir o forró em determinadas festas ou encontrar adeptos de sua religiosidade popular, como a devoção pelo carismático Padre Cícero ou Padim Cicero.

As referências são muitas. Mas, de tudo que se pode registrar, trata-se de um grupo importante na construção da história nacional, com ecos locais. A despeito da data, deixamos a oportuna citação de Guibson Medeiros: “Maior do que a indelicadeza do preconceito, é o orgulho de ser nordestino!”.