Homenagem: Vendo Neymar, pensei em Maradona...

RESUMO DA NOTÍCIA

Morre um gênio no futebol. Texto destaca seu diferencial em relação a um candidato a craque, por aqui. Pelo menos um pouco como ele?
Vivaldo S. Melo

Morreu Diego Maradona, nesta quarta-feira, 25, de parada cardiorrespiratória. Todos vão escrever, falar, lamentar, nas próximas horas, afinal ele era, verdadeiramente, um fora de série, um gênio com a bola nos pés. Apesar de meus limites semânticos, contudo, arrisco uma prosa. 

Ainda ontem me lembrei dele: driblador extraordinário, raçudo como poucos e diferenciado até nas polêmicas geradas dentro de campo, como o famoso gol de mão contra a Inglaterra, no mundial de 86. Não imaginava que isto poderia ser o prenúncio de uma saudade. Sim, porque assisti PSG, do “craque” Neymar, contra o Leipzig, nesta terça, 24, num jogo em que o time alemão teve domínio absoluto, mas acabou sendo prejudicado por um gol gerado ironicamente por um argentino e batido por esse brasileiro, a partir de um pênalti inventado e que não teve, por uma dessas coisas “estranhas” do futebol, nem o acionamento do War. 

Sou santista apaixonado, desses que já pediu perdão a Deus, várias vezes, por ir na Igreja pensando no jogo, quando em curso e sem acabar, antes do ofício religioso. Mas, sempre tive um pé atrás com “o menino Nei”, como alguns da imprensa gostam de chamar, dentro de um projeto de projeção que deve ter várias mãos e interessados. Jogar, no mínimo um pouco como Maradona?  Só nos tempos da Vila, quando a fama ainda não tinha batido a porta. Não consigo ver sua projeção no Barcelona, posteriormente,  à parte de outro craque argentino, o Messi. 

Vendo Neymar, caindo como sempre, reclamando mais do que o normal, tentando dribles que muitas vezes não levam a nada e ainda mais simulando dores, me lembrei de Maradona e de uma de suas referências inquestionáveis, tão ausente nos “craques” brasileiros depois que o futebol começou a ser glamourizado e gerar muito dinheiro: a raça! Desnecessário falar de outras qualidades, como jogador.

Talvez ninguém leia o meu texto. E com certeza ele nunca chegará a Neymar, mas, me desculpe “menino Nei”, se te vejo muito mais como um produto da mídia do que um craque diferenciado, se pensando em você, me lembrei de Maradona, craque que produziu tantos encantamentos, que chegou a ser chamado, pelos argentinos, de "Deus". Aplaudo sua resposta: "Deus é Deus, eu sou Diego". Venceu muitas batalhas, só não conseguiu, infelizmente, vencer a batalha contra as drogas. Mas, isto é outra história. Hoje o momento é de saudade...

Em tempo: "De Deus, só a mão, naquele gol...." podem dizer alguns... de Dieguito...

Definitivamente na história...