“Ela apenas passou para o outro lado do caminho”. A expressão, parafraseada de Santo Agostinho quando fala dos que morrem, ganhou sentido eterno, desde às 15h30 de ontem, segunda, 18, no Pronto Atendimento de Castanheira, para Ricardo Fagner de Ávila, José Cristiano Ávila e Katia Gerlane de Ávila, os filhos amados de Luzia Sales de Ávila, 57, a Lú, que descansou, depois de sofrível luta de mais de um ano contra um câncer.
Ela foi sepultada às 15 horas desta terça-feira, 19, no Cemitério Bom Jesus, depois de ser merecidamente honrada com homenagens de amigos e familiares na Casa da Saudade, entre eles os netos Samir Leonardo, Luis Fernando e João Ricardo. “Foi a melhor mãe deste mundo, sempre nos apoiando em tudo, cuidando de mim, meus irmãos e de meu pai com carinho”, diz emocionado o filho mais velho, Ricardo.
Dona Luzia teve uma trajetória de vida com início no Espírito Santo, passando pela mocidade em Cascavel, no Paraná e depois disto, já vivendo no contexto de sua própria família, construída com João Romão de Ávila, no distrito de Cidade Morena ou Vila Morena, em Aripuanã. Viveu seus últimos dias em Castanheira, numa das propriedades rurais da linha do Aeroporto ou do Kubscheck.
Como todos os capixabas e paranaenses que se estabeleceram no noroeste de Mato Grosso, o êxodo foi motivado pela atração da terra. Optando por cuidar da casa, depois de cumprir a missão de criar os filhos, enquanto esses já desbravavam o campo, dedicava-se, além das rotinas de praxe, a cuidar de alguns animais e das plantas. Neste último fazer, uma horta era uma das prioridades.
“Mulher trabalhadora, de fibra”, como lembra uma das amigas, encontrava tempo para exercitar sua fé. “Católica, era devota de Nossa Senhora Aparecida e da santa que lhe deu o nome”, acrescenta.
“Mulher trabalhadora, de fibra”, como lembra uma das amigas, encontrava tempo para exercitar sua fé. “Católica, era devota de Nossa Senhora Aparecida e da santa que lhe deu o nome”, acrescenta.
Entre as muitas unanimidades lembradas nas últimas horas, a vocação de ter sido uma mãe e esposa exemplar se destacam. Sobre o sofrimento dos meses que precederam sua morte, a nora Letícia Angélica destaca que fizeram tudo o que foi possível. “Mas, Deus sabe o porquê de todas as coisas”, observa. E conclui: “Vai deixar saudade entre os familiares e amigos”. Para todos resta o consolo das palavras de Agostinho: “A vida não se rompe com a morte, existe uma continuidade!’. Então, até breve!