João Pereira Batista, o Jota Batista, não resistiu a força da COVID 19. Depois de 16 dias internado numa UTI em Cuiabá, veio a óbito neste sábado. Deixa uma história de luta em várias áreas.
Coração apertado. É assim que muitos estão hoje, em diferentes lugares, depois da notícia de mais uma história que se rompe, abruptamente, por conta do coronavírus. Morreu na manhã deste sábado, 12, em Cuiabá, o jornalista, advogado e professor universitário João Pereira Batista, o Jota Batista, de 56 anos de idade.
No mínimo não tem como não sentir uma dor diferente, que a pandemia tem trazido, que é a de imaginar que amigos, familiares e admiradores nem poderão se despedir direito de um homem que deixou marcas de uma boa presença por onde passou.
De Jota Batista dá para escrever um livro, contando sua trajetória no Rádio, TV, militância política e mais recentemente na docência. Como comunicador atuou em Juína, Colniza, Guarantã do Norte e Castanheira. Como político, chegou ao legislativo em Colniza. Na docência, lecionava direito, na unidade da Ajes em Guarantã do Norte, onde dirigia a TV Amplitude, do Grupo Amplitude de Comunicação, de Clodis Antonio Menegaz.
Castanheira
“Era sempre muito alegre, gente boa, filho do Seo Pereira, que também tem o nome vinculado ao Rádio, devo muito a ele”, destaca Leandro Tenório, que já atuou na radiofonia em Castanheira e costuma ainda, emprestar sua voz em alguns eventos do município. "Aprendi com ele, fazendo um programa gauchesco, nas madrugadas".
Jota Batista trouxe um jeito novo de fazer Rádio em Castanheira, quando, em 1998, estendeu um braço da Rádio Metropolitana de Juína para o município. Mais do que meramente falar, investiu em formação, ao ensinar a arte da locução para alguns adolescentes.
“Ele esteve no Birutta’s no final do ano e tive a oportunidade de expressar minha gratidão por tudo que fez por mim”, lembra Leandro, que hoje divide o tempo com a enfermagem e sua conceituada hamburgueria, no centro da cidade.
A doença
Foram 16 dias de lutas numa UTI na capital do Estado, para onde Jota Batista foi transferido, depois da doença ser detectada na cidade onde residia atualmente, Guarantã do Norte.
Em Castanheira, a Secretaria de Administração e ex Secretária da Saúde do município, Sonia Pereira, uma de suas irmãs, fez várias postagens nas redes sociais, ao longo do período, rogando por apoio em preces e recebendo a solidariedade de centenas de amigos.
“Deus é capaz do impossível, só nEle podemos confiar”, escreveu Luciana Botelho, num texto que representava, nos últimos dias, a esperança coletiva de que ele fosse curado. A doença atroz, contudo, o levou.
Voz da campanha
Embora o momento seja restritivo em relação a pautas políticas nas redes sociais, alguém lembrou que Jota Batista foi a “voz de Mabel” nas eleições passadas. Os textos do programa de Rádio foram gravados por ele, na época residindo em Tangará da Serra.
Solidariedade
O Castanheira News repercute o sentimento de todos que lamentam o calar de uma voz, o fim do ensinar e o fazer permanente por conta da partida de alguém que exerceu plenamente sua cidadania na comunicação, no ensino e no envolvimento com projetos sociais. Cessam-se algumas ações, mas outras permanecem, para os que costumam trazer a memória o que pode dar esperança. Valeu Jota Batista!
