Castanheira: Incêndio na madrugada movimenta curiosidade popular

Se as vozes do passado pudessem ser reproduzidas no espaço da antiga loja do Gelson, uma das referências mais citadas quando se pergunta sobre a ocupação das instalações existentes até a madrugada deste sábado, 03, na Av. 04 de Julho, numa das esquinas do quadrilátero onde se encontra o Sicredi, no centro da cidade,  muitas histórias poderiam ser levantadas.

Numa cidade pequena, onde qualquer assunto, real ou inverídico, sem qualquer checagem mais profunda, viaja como pólvora, de boca em boca, a notícia de um incêndio, literalmente na calada da madrugada, movimentou a manhã de Castanheira. Até por isto, este não será, novamente, um sábado comum. No “porque hoje é sábado”,  eternizado por Drummond, quase sempre algo acontece. Recentemente, por exemplo, muitos cidadãos da terra se foram... num sábado!

“No local já funcionou muita coisa, já foi restaurante, loja de venda de produtos agrícolas e, mais recentemente, depósito de uma conceituada empresa do ramo”, lembrou um dos muitos curiosos, pela manhã, entre os que se detinham em contemplar as cinzas e até alguns pequenos focos de incêndio, apagados por um voluntário, com uma pequena mangueira. Alguns, moradores dos quarteirões próximos, nem chegaram a ouvir nada. Daí a surpresa, ao acordarem, com o movimento e vozerio.

Num município que não tem Corpo de Bombeiros e os incêndios, quando comunicados, são enfrentados com a água de um carro pipa do município e algum outro cedido pelo empresário Lenoir, da Casterleite, nem houve tempo para intervenção, apesar dos esforços de voluntários, auxiliados por um desses carros, devido ao horário e a facilidade com que as chamas se propagaram, facilitadas pelo tipo de construção. Além da estrutura ser de madeira, já era antiga. Entre uma conversa e outra, ninguém sabia informar com clareza sobre as primeiras ocupações. Mas, muitos lembram seu uso para muitas utilidades. E devem ter pisado por lá. E contado histórias, quem sabe até de outros incêndios. 

Sobre o deste sábado ficam, entre outras coisas,  as várias versões sobre causas. Ação do vento, alguma bituca de cigarro, alguma ação premeditada? Outra? Falem... falem! Porque hoje é sábado!

Imagens: Pedro Graeff e Josiele Laís (Mader Moveis)