Foi uma vizinha, dona Maria Ferreira de Souza, quem primeiro ouviu três estalos, altos, fortes, por volta das 15h40 da tarde de hoje. Em poucos minutos, a casa de Edna dos Santos de Oliveira, a Dina, e Luiz Simão de Oliveira, o Luizinho, na Rua dos Imigrantes, ao lado do número 38, no centro de Castanheira, foi consumida pelas chamas.
Tanto Edna como Luiz estavam trabalhando. Ela, na Câmara Municipal, onde é funcionária. Ele, no 3º Assentamento, no Sitio Boa Esperança, no Vale do Seringal. Quando chegou ao local, depois de ser avisada por uma amiga, Edna foi tomada pela desolação. Perda de quase 100%. Só um fogão, o botijão e um pequeno armário foram salvos das chamas por voluntários.
O espírito de solidariedade dos castanheirenses mais uma vez se fez presente. Todos, de vereador a pastor, tentaram ajudar, apoiados pela água enviada por dois caminhões, um da Prefeitura, outro do Laticínios Casterleite.
“Foi tudo muito rápido. Um trem feio”, destacou um dos que ajudaram a debelar as chamas e refrescar as casas vizinhas, que só não pegaram fogo por serem de alvenaria. Mesmo assim as marcas do fogo podiam ser vistas em paredes e calhas.
Em meio ao cenário desolador, onde podiam ser vistos vários utensílios domésticos totalmente destruídos, uma cena emocionou. A proprietária imaginava que perdera, também, Laila, cachorrinha xodó da família. De repente ela apareceu, como fênix, renascida das cinzas, produzindo um pouco de alegria no triste cenário.
As causas do incêndio não foram apuradas. Uma hipótese aponta para a fiação da residência, embora recentemente tudo tivesse sido trocado, segundo Dina. Há pouco ela passou por reforma. Agora é começar de novo, num trabalho que pode contar, certamente, com várias mãos. Muitas das quais de pessoas que na tarde fatídica fizeram o que puderam.
