Federalização da MT 170 movimentou cenário político local

Numa semana em que viralizou nas redes sociais a imagem de uma incubadora improvisada dentro de um garrafão de água, em Colniza, e que a Escola Maria Quitéria, de Castanheira, completa quase 30 dias sem aulas, não por conta da greve, mas por não ter conseguido, ainda, o apoio do governo do Estado para o concerto de um transformador, vários políticos de cenários maiores estiveram na região noroeste de Mato Grosso, coincidentemente por conta de um problema que o Estado não consegue resolver há décadas: a precariedade da rodovia MT 170, não poucas vezes com trechos comparados a um queijo suíço.

Precariedade da MT 170 é responsável por incontáveis vítimas...
Precariedade da MT 170 é responsável por incontáveis vítimas...

Não sabemos se já de olho no processo eletivo que se avizinha – em 2020 acontecem eleições municipais – alguns atores do processo fizeram circular várias versões sobre avanços nas conversações. Alguns, apoiados por Janaina Riva, disseminaram um vídeo da deputada, do MDB, reportando encaminhamento de documento ao vice-governador do Estado, Otaviano Piveta e ao Secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira e Silva, sobre o trecho Juína-Castanheira. Outros, ligados ao suplente de deputado federal Vander Masson, destacaram sua presença em solo castanheirense, representando o deputado federal Dr. Leonardo, do Solidariedade, que fez encaminhamento, em Brasília, de reivindicação para federalização de um trecho maior, a partir de Jangada até Castanheira, passando por Tangará, Campo Novo e Brasnorte, onde existem trechos da MT 358 e da BR 364.

Diante de um Estado endividado, que não consegue atender demandas menores, como as citadas inicialmente, os esforços pela federalização, podem trazer esperança para os usuários de uma malha viária fundamental para escoamento das riquezas produzidas especialmente na região noroeste de Mato Grosso? Alguns questionam, uma vez que vários trechos federalizados também agonizam, Brasil afora. Há quem lembre, também, que promessas não faltam sobre o tema. Em maio de 2014, por exemplo, em Castanheira, uma figura de proa, à época, na política do país, chegou a parar um discurso em evento do agronegócio para dizer que já estavam na conta os recursos para início da pavimentação asfáltica do trecho Castanheira-Juruena (BR 174). Até hoje, contudo, o assunto se arrasta, com idas e vindas, amparadas em diversas justificativas, algumas plausíveis, como os entraves criados pela burocracia na estrutura da máquina pública.

Independentemente, contudo, dessas e outras questões que giram no entorno do assunto, é preciso acreditar que dias melhores virão. Estamos esperando!