Dia triste para a música: e lá se vão Pablo Milanés e Erasmo Carlos

RESUMO DA NOTÍCIA

Quarta feira de luto para a música, a poesia, o talento. Dois grandes nomes, um cubano e outro brasileiro, deixam as vivências por aqui: Pablo Milanés e Erasmo Carlos.
Dia de luto para a música. Morreram nesta quarta-feira, Pablo Milanés, lendário cantor e compositor cubano, um dos fundadores e expoentes mais destacados da Nueva Trova cubana, e Erasmo Carlos, pioneiro do rock no Brasil, símbolo da Jovem Guarda e grande parceiro de Roberto Carlos.

Mesmo o brasileiro não conhecedor da riqueza poética da música cubana, lembra de um clássico de Pablo Milanés, Yolanda, gravada por muitos intérpretes nacionais como Nei Mato Grosso, Eduardo Costa, Christian e Ralf, Zezé de Camargo e Luciano, Chico Buarque e Simone, entre outros. 

Erasmo, conhecido nos tempos áureos como “Tremendão”, além de muitos sucessos em parceria com Roberto Carlos, interpretou grandes sucessos. Entre as boas lembranças, “Sentado a beira do caminho”, lançada em 1969, inspirada na canção americana “Honey” (I miss you), de Bobby Russel, descrevendo o desespero e desesperança de um amante que espera sua amada.

Pablo tinha 79 anos e faleceu  em decorrência de infecções recorrentes, segundo sua assessoria. Erasmo,  que compôs 600 músicas, há cinco dias ganhou o Grammy Latino, viveu dois a mais. Recentemente passou duas semanas internado para tratar síndrome edemigênica. Ambos já estavam na história. Com a morte, inserem apenas mais um capítulo, o do adeus. 

Com a morte de Erasmo, a música brasileira perde recentemente três grandes referências em gêneros distintos. Gal Gosta e Rolando Boldrin, coincidentemente morreram num mesmo dia, 9 de novembro. São referências históricas na MPB e música sertaneja de raiz. 

Abaixo, destaque para o clássico de Pablo Milanês, numa interpretação magnífica de Haydée Milanés, sua filha, a mais jovem da gravação, e Omara Portuoondo, referências da música cubana.