Discussão sobre segurança aumenta insegurança do castanheirense

O novo delegado da regional Juína da Polícia Judiciária Civil, Dr. Carlos Francisco de Moraes, visitou Castanheira. Na Escola Estadual Maria Quitéria, palestrou aos alunos. Na Câmara Municipal, teve encontro que contou com a presença da prefeita Mabel de Fátima Milanezi Almici, vários secretários de sua equipe de governo, vereadores e representantes da sociedade civil. 

Assunto predominante da pauta – a situação de insegurança vivenciada na cidade especialmente depois do fechamento da unidade que existia em Castanheira – indicou como melhor caminho para o futuro, a elaboração de um plano que cobre e proponha soluções às instâncias superiores, entre elas o aumento do efetivo da Policia Militar. 

Com bom domínio das palavras, resultado de sua formação e experiência, não conseguiu, pelo que se apurou, tranquilizar os presentes, que clamam por medidas mais práticas e imediatas. De todas as delegacias da regional sediada em Juína, a de Castanheira foi a única fechada, apesar de esforços de autoridades locais para o cumprimento de algumas exigências. 

Com sete agentes, a Policia Militar não tem conseguido evitar o avanço da criminalidade na cidade, principalmente no que diz respeito a furtos. No encontro destacou-se que a medida, determinada pela Secretaria de Estado de Segurança, despertou o interesse de praticantes contumazes de ilícitos, especialmente de Juína, por ações delituosas em Castanheira. 

Um exemplo, dado no calor da explanação, serviu para aumentar a tensão que se vive: em tempos de eventos populares, como a Expoju, um meliante de Juína vai procurar subtrair um produto para uso pessoal em que comércio? “De Castanheira!”

Neste cenário de desesperança, entre as soluções indicadas uma parte da própria comunidade local: a consciência de que os atores do processo social em Castanheira – ou seja, seus cidadãos -  devem assumir cada vez mais a parte que lhes cabe, especialmente no sentido de rejeitar e denunciar infrações. “Se a sociedade não ocupar os espaços, os criminosos vão fazê-lo”, disse Carlos Francisco.

Para muitos, contudo, o grande diferencial há de ser sempre a presença mais efetiva do Estado nas realidades locais que exigem segurança. "A participação da sociedade sem uma resposta mais rápida e objetiva das autoridades não muda a realidade que se estabeleceu no município nos últimos meses", destaca um leitor.