Em Mato Grosso, 107 dos 141 municípios têm alto risco de contaminação da dengue, doença causada pelo Aedes aegypti, que também provoca a zika e a chikungunya.
Assim como em nível estadual, essas cidades contam com incidência acima de 300 casos por 100 mil habitantes.
Em todo Estado, já são 43.653 notificações de dengue, dentre os quais 28.015 confirmados, 47 casos considerados graves e 17 mortes confirmados e outras três mortes em investigação.
Em relação ao mesmo período de 2019, Mato Grosso apresenta um aumento de 214,6% nos registros de dengue, com uma incidência de 1.305,2 por 100 mil pessoas.
Localizada a 212 km ao Sul de Cuiabá, Rondonópolis contabiliza 2.254 casos da mesma doença, o que representa um aumento de 228,6% em relação ao ano passado e uma taxa de 1.103,9/100 mil.
Em Sinop (503 km ao Norte da Capital), são 8.420 registros da mesma enfermidade, ou seja, um incremento de 365,7% se comparado a 2019 e incidência de 6.196,9/100 mil moradores.
Já Cuiabá e Várzea Grande, apresentam risco moderado para a dengue. Na capital, são 802 casos neste ano contra 428 registrados no mesmo período do ano passado. A incidência é de 135,9 casos por 100 mil indivíduos.
Em Várzea Grande, são 301 registros, o que representa 66,3/100 mil habitantes.
Os dados são do 20º boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT), compreendendo um período de 35 semanas, ou de janeiro ao início deste mês de setembro.
Outros municípios com incidência acima dos 300 casos/100 mil são: Chapada dos Guimarães (1.086,7/100 mil), Nossa Senhora do Livramento (600,8), Planalto da Serra (11.251,9), Poconé (468,3), Cáceres (1.345,4), Mirassol D’Oeste (410,9), Cocalinho (560,1), Arenápolis (1.057,6), Paranaíta (1.203,6), Barra do Bugres (695,5) e Bom Jesus do Araguaia (462,8).
Os óbitos confirmados por dengue ocorreram em Sinop (04), Chapada dos Guimarães (02), Novo Mundo (02), Peixoto de Azevedo, Primavera do Leste, Rondonópolis, União do Sul, Vera, Várzea Grande, Campo Novo do Parecis, Cáceres, Brasnorte e Lucas do Rio Verde, estes últimos com um caso cada.
Os que ainda estão investigação foram em Carlinda, Alta Floresta e Sinop.
ZIKA E CHIKUNGUNYA - Neste ano, Mato Grosso registra 694 casos de zika e 713 de chikungunya, números que o coloca com baixo risco para as duas doenças.
De acordo com boletim da Secretaria de Saúde, em relação ao ano passado, o Estado teve uma queda de -9,2 nas notificações da chikungunya e um aumento de 98,9 em se tratando da zika. Cuiabá e Várzea Grande também apresentam baixo perigo de contaminação para as duas enfermidades.
Na Capital, neste ano, já são 13 casos de zika e 32 de chikungunya. Esta última infecção, também fez uma vítima fatal em Várzea Grande.
Vale lembrar que o ovo do aedes sobrevive no seco durante trezentos dias, ou seja, o mosquito que botou um ovo no começo do ano e esse ovo ficou num copo seco e, com o início das chuvas agora, ele pode eclodir, pode virar larva e pode transmitir a dengue, a zika e a chikungunya.
E todo mundo pode ajudar no enfrentamento do vetor.
Tampar os grandes depósitos de água, remover o lixo e limpar com bucha as laterais e bordas de recipientes com água, como os vasos de planta, são medidas simples que evitam a proliferação do mosquito transmissor.
Diário de Cuiabá
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