COVID 19: Novas flexibilizações marcam decreto desta quarta

“Estou com muita saudade de todos!”. O recado de Maria Tigre no grupo de WhatsApp da Comunidade Nova Canaã, nesta terça feira, encontrou eco no coração do governador Mauro Mendes. Lógico que é uma brincadeira. Mas, falando sério, missas, cultos, outros ritos religiosos e visita a parques públicos voltam a ser permitidos em Mato Grosso.

A decisão de liberação faz parte das medidas de flexibilização em relação ao isolamento social definido em decretos anteriores para conter a proliferação do corona vírus. As decisões foram comunicadas no final da tarde desta quarta-feira, 22, pelo governador,   e incluem a previsão de volta das aulas nas escolas estaduais e na Unemat  no dia 4 de maio.

Em todos os cenários mantem-se a obrigatoriedade dos cuidados recomendados para instituições que já estavam funcionando por força de decisões anteriores, como supermercados e farmácias. Entre esses estão provisão de meios para ações como lavar as mãos, higienizá-las com álcool, manter distância de um metro e meio entre as pessoas, evitar contato físico, cuidados especiais em relação as pessoas do chamado grupo de risco – estimulando a continuidade do isolamento social - e o uso de máscara de proteção facial, ainda que artesanal.

“Em Castanheira, apesar de todas as recomendações do Comitê de Enfrentamento da COVID 19, alguns estabelecimentos afrouxaram nesses cuidados”, revela um leitor do Innovare News. Pelo novo decreto do governo do Estado, que é referência para decisões locais, Policia Militar, Procon e a Vigilância Sanitária deverão reforçar a fiscalização especialmente com o objetivo de orientar as pessoas sobre a relevância das ações preventivas. 

Pelo menos no papel, os estabelecimentos que não observarem o que é definido no texto poderão ser multados, conforme lei aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado ainda nesta quarta. O valor é simbólico: R$ 80 reais.  

Segundo informou o governador, em coletiva a imprensa, algumas medidas poderão ser revistas a qualquer momento, dependendo da capacidade do Estado de atender a demanda de pacientes. Atualmente apenas 2,88% dos leitos de UTI disponibilizados exclusivamente para casos de COVID estão ocupados. 

Neste “rever” pode estar a volta do funcionamento de bares, lanchonetes e restaurantes, ainda não contemplada. O texto fala em autonomia e competência dos municípios para a adoção ou manutenção de medidas restritivas de circulação de pessoas e de atividades econômicas privadas, observando-se peculiaridades locais, mas não fala em flexibilização para este segmento. 

Num cenário de alegria para uns, tristeza para outros e torcida de todos para o mal passar, talvez mais diálogo, unificação da linguagem, pareceres mais claros, menos polêmicas, despolitização do problema, mais solidariedade e esforço para que as pessoas compreendam a importância de se observar os cuidados recomendados, seja um imperativo para fazer a engrenagem do sistema voltar a funcionar 100% e que a alegria de Maria Tigre pela volta dos cultos em sua comunidade em breve seja o sentimento de todos.